Comentário: Investir na China vira consenso para mais empresas estrangeiras

A utilização real do investimento estrangeiro na China chegou a 408,45 bilhões de yuans no primeiro trimestre deste ano, segundo dados divulgados nessa quinta-feira (20) pelo Ministério do Comércio chinês. A cifra representa um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram estabelecidas mais de 10 mil empresas com investimento estrangeiro, um crescimento de 25,5% comparado aos três primeiros meses de 2022.

Desde o início de 2023, executivos de companhias estrangeiras visitam frequentemente a China. Nos últimos dois dias, o grupo alemão Volkswagen anunciou um novo plano de investimento em território chinês, que prevê destinar cerca de um bilhão de euros para criar um centro de pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos em Hefei, capital da província de Anhui.

Devido à recessão econômica global contínua e à situação geopolítica mais complexa, o mundo atual enfrenta grande incerteza. A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) projeta que o investimento transfronteiriço global poderá manter a redução em 2023. Neste contexto, não foi fácil para a China obter dados econômicos tão bons no primeiro trimestre, mas os números foram dentro do esperado.

De janeiro a março, o valor de utilização real do capital estrangeiro na indústria de alta tecnologia foi de 156,71 bilhões de yuans, uma elevação de 18%. O desempenho reflete a vantagem da China em atrair investimentos de alta qualidade do exterior, especialmente nos setores de alta tecnologia e alto valor agregado.

Especificamente, a França e o Reino Unido tiveram um desempenho destacado nos aportes, registrando crescimento de mais de seis vezes no primeiro trimestre em relação ao mesmo período

Com a otimização e o ajuste das políticas em prevenção e controle da epidemia pela China, as trocas transfronteiriças ficam cada vez mais convenientes, estimulando as necessidades de investimento das empresas estrangeiras. Por outro lado, com as visitas frequentes dos chefes de Estado europeus ao país, desenvolver negócios com a nação asiática já se tornou um consenso para as companhias europeias.

Para investidores estrangeiros, a China é o segundo maior mercado de consumo do mundo e o maior de varejo online. Mais importante, o país está disposto a compartilhar suas oportunidades de desenvolvimento com o mundo. A nova versão do Catálogo de Indústrias que Incentivam o Investimento Estrangeiro, implementada desde o começo do ano, adicionou vários itens sobre manufatura de alta tecnologia. Além disso, a realização de uma série de fóruns e exposições mostra a determinação da China em encorajar as empresas estrangeiras a compartilharem as oportunidades de mercado, de abertura institucional e aprofundamento da cooperação internacional.

CRI Português

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