Madri – Enquanto a China se prepara para o feriado “Semana Dourada Plus” a partir de 1º de outubro, o secretário-geral de Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, destacou o papel do país no mercado global de viagens, bem como o significado econômico e cultural mais amplo do turismo.
“O grande número de pessoas que se deslocam em um espaço de tempo tão curto nunca deixa de me impressionar”, disse Pololikashvili em uma recente entrevista por escrito à Xinhua.
A China deve registrar cerca de 2 milhões de travessias diárias de fronteira e aproximadamente 2,36 bilhões de viagens de passageiros em todo o país durante os oito dias do feriado do Dia Nacional e do Festival do Meio Outono.
Pololikashvili elogiou as contribuições da China para o turismo doméstico e internacional. “Em muitos destinos, principalmente na Europa e na Ásia e no Pacífico, os turistas chineses sustentam inúmeras pequenas empresas e meios de subsistência”, disse ele. Ao mesmo tempo, com uma cultura rica e infraestrutura de viagens de classe mundial, a própria China está emergindo como um dos principais destinos.
Destacando a iniciativa das Melhores Vlias Turísticas da ONU, ele disse que sete vilas chinesas foram reconhecidas em 2024, elevando o total do país para 15 – o maior número em todo o mundo. Exemplos notáveis incluem Azheke, na Província de Yunnan, no sudoeste da China, Shibadong, na Província de Hunan, no centro da China, e Yandunjiao, na Província de Shandong, no leste da China.
O programa homenageia destinos rurais que equilibram com sucesso a recepção de turistas e a proteção de suas tradições culturais, recursos naturais e identidade comunitária que os tornam distintos.
A China tornou-se membro da ONU Turismo (antiga Organização Mundial do Turismo) em 1983. Desde 2021, o chinês é formalmente reconhecido como língua oficial da organização, juntamente com inglês, espanhol, francês, árabe e russo.
“Também tenho orgulho de dizer que a China é um membro valioso e muito ativo da ONU Turismo. Está ajudando a orientar o desenvolvimento do turismo em toda a região, colocando a inovação em primeiro lugar”, disse o chefe de Turismo da ONU.
Este ano também marca o 50º aniversário da ONU Turismo. Nas últimas cinco décadas, a organização tem trabalhado para garantir que o crescimento do setor seja gerido de forma sustentável e que seus benefícios sejam amplamente compartilhados.
“Quando não podíamos viajar, ansiávamos por conexões humanas, intercâmbios culturais e por ver e vivenciar novos lugares. Essa conexão humana está no cerne do turismo”, disse Pololikashvili.
Embora tecnologias como a realidade virtual possam expandir o acesso e proteger locais frágeis, as viagens presenciais continuam sendo vitais para as economias e os empregos, acrescentou.
Olhando para o futuro, ele afirmou que a ONU Turismo continuará orientando o setor em meio à digitalização, inteligência artificial, desafios climáticos e mudanças nos padrões de viagens.
Com sede em Madri, a ONU Turismo trabalha com 160 Estados-membros e mais de 500 membros afiliados para promover o turismo como um impulsionador do crescimento econômico, do desenvolvimento inclusivo e da sustentabilidade ambiental.
