Lisboa – António Costa, primeiro-ministro de Portugal, demitiu-se na tarde desta terça-feira (07) após se ter tornado alvo de uma investigação sobre alegada corrupção governamental.
Costa apresentou a sua demissão ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, no início da terça-feira.
Em um comunicado, Costa negou as acusações de corrupção, mas disse preferir deixar o cargo para se concentrar em sua defesa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já anunciou que será aberto um processo-crime contra Costa.
A PGR foi também recebida pelo presidente português, que foi informado sobre as operações de busca que resultaram na detenção de cinco pessoas, entre as quais Vítor Escária, chefe de gabinete de Costa.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, também foram apontados como suspeitos formais.
Segundo o gabinete da PGR, o inquérito incide sobre os alegados crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva, assim como tráfico de influência.
A investigação incide ainda sobre concessões de exploração de lítio em Portugal, bem como sobre um projeto de usina de energia de hidrogênio.