Washington, 3 ago – A dissociação da economia global com a China simplesmente não está acontecendo, levando em consideração o ímpeto de investimento estrangeiro direto (IED) fluindo ao país, diz reportagem do Financial Times.
Em algumas dimensões críticas, a integração da China na economia global continuará aprofundando, escreveu John Plender, em um artigo publicado no domingo, se referindo a estudos anteriores de Nicholas Lardy, pesquisador sênior do Instituto Peterson de Economia Internacional.
Enquanto o IED global despencou 35% em 2020, suas entradas na China aumentaram 6%, para US$ 149 bilhões, refletindo em parte a rápida recuperação do país da COVID-19, escreveu Plender, colunista editorial do jornal.
Os investidores estrangeiros também compraram US$ 35 bilhões em ações chinesas onshore e US$ 75 bilhões em bônus públicos no primeiro semestre deste ano, subindo 50% cada em relação aos altos níveis pré-epidêmicos em 2019, estimou o jornal em julho, com base em dados da Bloomberg e da Credit Agricole.
Em parte, isso reflete o compromisso da liderança chinesa em liberalizar gradualmente o sistema financeiro do país, segundo Plender.
No contexto de valorização do renminbi, a moeda chinesa, “os investidores têm encontrado rendimentos mais generosos no mercado chinês de bônus do que nos Estados Unidos ou na Europa”, acrescentou.
O Rhodium Group, uma empresa de pesquisa, estima que até 2020 os investidores dos EUA detinham US$ 1,1 trilhão em ações emitidas por empresas chinesas.