Rio de Janeiro, 8 abr (Xinhua) — O governo brasileiro autorizou nesta quinta-feira a realização de testes da fase 3 de uma vacina em desenvolvimento contra o novo coronavírus (COVID-19), fabricada pela biofarmacêutica canadense Medicago R&D e a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a Anvisa, a autorização do o ensaio clínico no Brasil terá 3.500 voluntários maiores de idade. Os participantes receberão uma dose única da vacina ou um placebo para servir de grupo de controle.
A vacina utiliza a proteína S e tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP). A vacina é desenvolvida para ser administrada em duas doses, com intervalo de 21 dias entre a primeira e a segunda aplicação.
O mesmo ensaio clínico será realizado em outros países da América Latina, Europa, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, com um total de cerca de 30.000 voluntários.
Trata-se do quinto ensaio clínico autorizado pela Anvisa. Anteriormente, foram aprovados os da Universidade de Oxford e da farmacéutica Astrazeneca em junho passado, os da chinesa Sinovac junto com o Instituto Butantan e o da norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech em julho e o da belga Janssen braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson em agosto.
Até agora, porém, as únicas vacinas que já estão sendo aplicadas no país são a chinesa CoronaVac e a da Oxford/AstraZeneca.
O Brasil é um dos países escolhidos pelos laboratórios para testar suas vacinas devido à sua alta taxa de incidência da COVID-19, fator importante para a realização dos ensaios necessários.
Segundo o boletim oficial do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira, o país contabilizou nas últimas 24 horas 4.249 novas mortes pela COVID-19, maior recorde para um dia em toda a pandemia, elevando o total de óbitos a 345.025.
Em relação a casos positivos, foram computados 85.652 nas últimas 24 horas, levando o total acumulado desde o início da pandemia no país, em março de 2020 a 13.279.857 de pessoas.
