Ao iniciar sua viagem ao Rio de Janeiro para participar da 19ª Cúpula de Líderes do G20 e fazer uma visita de Estado ao Brasil, o presidente chinês, Xi Jinping, publicou hoje (17), no jornal brasileiro, Folha de S. Paulo, o artigo intitulado “China-Brasil: Com futuro compartilhado e amizade que supera distâncias é hora de navegarmos juntos sob velas cheias”.
No artigo, Xi Jinping destacou que, em 15 de agosto de 1974, China e Brasil estabeleceram formalmente relações diplomáticas. Ao longo dos últimos 50 anos, as relações sino-brasileiras resistiram aos desafios das mudanças no cenário internacional, promovendo efetivamente o desenvolvimento de ambos os países e contribuindo positivamente para a paz e a estabilidade mundiais.
Os dois países sempre mantiveram os princípios de respeito mútuo, tratamento igualitário, compreensão e apoio às escolhas dos povos em relação aos seus próprios caminhos de desenvolvimento. Mecanismos de diálogo e cooperação entre os governos estão bem estabelecidos. O Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil tem funcionado eficazmente há 20 anos, desempenhando um papel crucial na coordenação e planejamento de cooperações em várias áreas e no avanço do desenvolvimento conjunto.
Xi Jinping ressaltou que as duas nações têm priorizado benefícios mútuos e complementaridade de vantagens, impulsionando conjuntamente seus processos de modernização. Com esforços conjuntos, a estrutura do comércio bilateral tem se tornado mais otimizada, o nível de cooperação continua a se aprofundar e os interesses compartilhados se expandem constantemente, promovendo significativamente o desenvolvimento econômico e social de ambos os lados.
O artigo também mencionou que os dois países prezam pela abertura, inclusão e aprendizado mútuo. Há uma afinidade natural e um desejo comum por coisas belas entre os povos de China e Brasil. Elementos brasileiros, como a simpática capivara, a Bossa Nova, o samba e a capoeira, são amplamente apreciados na China. Por outro lado, o Ano Novo Chinês, a medicina tradicional chinesa e outras tradições culturais têm se tornado cada vez mais conhecidos pelos brasileiros. Jovens, jornalistas e acadêmicos dos dois países têm interações frequentes, e as trocas regionais são vibrantes.
Além disso, Xi Jinping destacou que a China e o Brasil compartilham visões semelhantes ou convergentes em muitas questões internacionais e regionais. Ambos os países são firmes defensores dos princípios básicos das relações internacionais e do multilateralismo. Recentemente, China e Brasil emitiram em conjunto seis consensos sobre a resolução política da crise na Ucrânia, recebendo respostas positivas da comunidade internacional.
Por fim, Xi Jinping enfatizou a necessidade de fomentar novas forças motrizes para a cooperação sino-brasileira, fortalecer os laços de amizade entre os povos e demonstrar a responsabilidade solidária e cooperativa de grandes nações. Ele elogiou a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de colocar o “combate à fome e à pobreza” como tema central da Cúpula do Rio de Janeiro e a proposta de criar uma “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, afirmando que a China apoia e incentivará ativamente essa iniciativa.
Xi Jinping expressou sua convicção de que a Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro será um grande sucesso, deixando uma marca distinta do Brasil na história do G20. Ele também manifestou a expectativa em trabalhar com o presidente Lula para levar as relações sino-brasileiras a uma nova era de “50 anos dourados” e construir uma comunidade de destino compartilhado mais justa e sustentável.
