No mês passado, a Comissão Europeia impôs tarifas adicionais provisórias de até 37,6% sobre os fabricantes chineses de veículos elétricos, depois de haver iniciado uma investigação antissubsídios sobre tais produtos em outubro de 2023.
Na terça-feira (20), a Comissão Europeia publicou um projeto de resolução para tornar essas tarifas definitivas, com taxas ligeiramente revisadas, sujeitas à aprovação dos Estados-membros da União Europeia (UE).
De acordo com as informações divulgadas, as alíquotas de tarifas antissubsídio para as três fabricantes chinesas de veículos elétricos incluídas na amostra, BYD, Geely e SAIC, são de 17,0%, 19,3% e 36,3%, respectivamente.
Desde o final de junho deste ano, a China e a União Europeia realizaram mais de 10 rodadas de consultas técnicas para resolver a disputa sobre veículos elétricos. No entanto, a divulgação do veredicto emitido pelo lado europeu não incorporou totalmente as opiniões do lado chinês e seguiu insistindo na abordagem errada. Ela se baseia em “fatos” determinados unilateralmente pela contraparte europeia, em vez de levar em consideração os elementos mutuamente acordados por ambos os lados. Isso contraria as “regras, o Estado de direito e a justiça” defendidos pelos europeus.
Algumas análises apontaram que a União Europeia pode perder investimentos chineses com as tarifas adicionais sobre carros elétricos do país asiático. Portanto, os países do bloco precisam dizer “não” à Comissão Europeia, que está estabelecendo tarifas altas.
A essência da cooperação entre a China e a UE é o benefício e o ganho mútuos. A China sempre se comprometeu, com a maior sinceridade, a lidar adequadamente com as disputas comerciais com a UE por meio de diálogo e consultas. Mas isso não significa que ficará de braços cruzados, vendo seus interesses serem prejudicados e se tornando uma vítima do protecionismo comercial.
No dia 9 deste mês, a China solicitou a solução da OMC sobre as controvérsias tarifárias com a UE. Isso emitiu um sinal claro para a comunidade internacional: a China tomará todas as medidas necessárias para defender firmemente os direitos e interesses legítimos de suas empresas.
De acordo com a agenda regional, a Comissão Europeia tomará uma decisão final até 4 de novembro. À medida que a “janela de oportunidade” final se aproxima, o lado europeu precisa ouvir atentamente as vozes internas e acelerar as discussões com a contraparte chinesa sobre as soluções adequadas para evitar a escalada do atrito comercial e o impacto sobre a confiança mútua e a cooperação entre a China e a UE.