A Cúpula da OTAN em Washington emitiu nesta quarta-feira uma declaração alegando que a China constitui um desafio aos interesses, segurança e valores da OTAN, acusando falsamente o país de ser a “apoiante decisiva” do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Até o dia de hoje, esse confronto direto já se estendeu por quase dois anos e meio. Quanto à causa desta tragédia, a comunidade internacional está se tornando cada vez mais sensata. Cada vez mais pessoas percebem que desde o fim da Guerra Fria, a OTAN, sob a liderança dos EUA, vem se expandindo para o leste, espremendo constantemente o espaço de segurança da Rússia. É exatamente isso a causa profunda do conflito. De uma perspectiva geopolítica, os EUA o “induziram” com o objetivo de enfraquecer a Rússia e, ao mesmo tempo, manter a Europa firmemente nas suas mãos. Após o desencadear da contenda, o país norte-americana e as demais nações ocidentais não pararam de escalar as tensões, por meio do oferecimento de assistência militar à Ucrânia e da imposição de sanções à Rússia. As medidas, no entanto, mergulharam o país na guerra e fizeram a Europa pagar um preço elevado nos domínios político, econômico e de segurança.
Para concretizar os seus interesses hegemônicos, os EUA ainda não pretendem parar. No final de maio deste ano, a OTAN anunciou que continuaria a procurar apoio militar a longo prazo para fornecer pelo menos 40 bilhões de euros por ano à Ucrânia. Ainda nesta cúpula, a organização do Atlântico Norte afirmou a oferta ao país europeu cinco sistemas estratégicos de defesa aérea “Patriot” e dezenas de sistemas táticos de defesa aérea nos próximos meses.
Para encobrir a sua responsabilidade no confronto Rússia-Ucrânia, a OTAN tentou usar a China como “bode expiatório” através de narrativas falsas. Ainda antes da cúpula, a organização criticou e ameaçou frequentemente o país asiático, difamando a cooperação econômica e comercial normal entre a China e a Rússia e caluniando o país asiático de fornecer apoio militar à Rússia. Alguns políticos ocidentais até disseram que a chave para acabar com a contenda russo-ucraniana está nas mãos da China. E os fatos? Os EUA e certos países ocidentais ainda não conseguiram mostrar provas, a ponto de que o chefe das Forças Armadas estadunidenses ter admitido que a China não forneceu assistência militar à Rússia no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Como todos sabem, a China não é a criadora, nem parte envolvida na crise da Ucrânia. A posição chinesa em reação à questão tem sido de promover a negociação da paz e a solução política, o que vem sendo amplamente reconhecido pela comunidade internacional. Após a eclosão do conflito, a China nunca forneceu armas letais a nenhuma das partes no conflito e sempre controlou rigorosamente a exportação de produtos de dupla utilização militar e civil.
Um dito chinês diz: “cabe à pessoa quem amarra o sino a responsabilidade de desatá-lo”. Washington e a OTAN deveriam refletir e tomar medidas concretas para aliviar a situação.