Recentemente, o ex-presidente etíope, Mulatu Teshome, concedeu uma entrevista ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês). Ele disse na entrevista que a China e a Etiópia são modelos de solidariedade e cooperação entre os países em desenvolvimento.
Em 1976, Mulatu veio para a China como estudante patrocinado pelo governo da Etiópia. Ele estudou na China por mais de dez anos e recebeu doutorado pela Universidade de Pequim. “A China é minha segunda terra natal”, disse Mulatu.
Em 1991, Mulatu retornou ao país após seus estudos, ocupou muitos cargos importantes no governo etíope e foi eleito presidente da Etiópia em 2013.
O relacionamento com a China é muito importante para a Etiópia, afirmou Mulatu, acrescentando que a China é o maior parceiro comercial da Etiópia, e os dois países também mantêm boas relações políticas e diplomáticas.
Mulatu destacou que, como um projeto sob a iniciativa do Cinturão e Rota, a Ferrovia Adis Abeba-Djibuti abriu um bom caminho de modernização para a Etiópia, o que não só facilita o desenvolvimento de zonas industriais ou zonas de livre comércio do país, como também promove o desenvolvimento da agricultura em áreas ao longo da ferrovia.
No próximo ano, a Etiópia se tornará oficialmente um membro da família Brics. Segundo Mulatu, os países membros podem ajudar uns aos outros em investimentos, e a cooperação do Brics também pode expandir o comércio e promover o apoio mútuo em tecnologia e ciência. Não há dúvida de que a Etiópia se beneficiará da cooperação com os países do Brics.
Mulatu disse que todos os países africanos dizem que precisam da ajuda da China. “Porque a China presta assistência de cooperação aos países africanos e aos países em desenvolvimento sem quaisquer restrições, mas apenas com amizade”, destacou Mulatu.
Na entrevista, Mulatu apontou que o relacionamento entre a China e a Etiópia é uma parceria estratégica abrangente sob todos os climas, que é uma realidade e não um adjetivo que os líderes dos dois países querem colocar no relacionamento. “Espero que a amizade entre os dois países dure para sempre”, disse ele.