O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou nesta quarta-feira (20) por telefone com o secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Enrique A. Manalo. O diálogo entre os dois chefes de Chancelaria chamou atenção do mundo em virtude do impasse entre os estes países sobre a questão do Mar do Sul da China.
Durante a conversa, a China deixou claro que a questão fundamental para o problema é que as Filipinas mudaram a sua postura política seguido até hoje, violandoos seus compromissos por não haver cessado suas provocações no âmbito do direito do mar. A China também enfatizou que as relações sino-filipinas se encontram atualmente em uma encruzilhada e as Filipinas devem agir com prudência ao decidir a sua escolha.
Os laços entre a China e as Filipinas haviam permanecido em geral bons nos últimos anos. No início deste ano, o primeiro convidado estrangeiro que a China recebeu foi o presidente filipino, Ferdinand Romuáldez Marcos Jr.. Naquele momento, os dois lados alcançaram diversos consensos importantes, incluindo o acordo em continuar a tratar adequadamente a questão marítima através de consultas amigáveis. No entanto, estes consensos não foram efetivamente implementados.
O recife Ren’ai faz parte das Ilhas Nansha da China e é território chinês. Este é um consenso internacional e é consistente com o direito internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas. Em 1999, os navios de guerra das Filipinas “estacaram-se ilegalmente na praia” do recife Ren’ai, violando gravemente a soberania territorial da China. As Filipinas prometeram solenemente retirar os navios de guerra do recife. Os dois países também chegaram a um acordo sobre o tratamento adequado da questão, com objetivo de manter conjuntamente a estabilidade da fronteira marítima.
No entanto, desde o início do ano, as Filipinas têm enviado repetidamente navios oficiais e de guerra às águas do recife Ren’ai, transportando materiais de construção para os navios de guerra ilegalmente “parados na praia” do local, na tentativa de conseguir a ocupação permanente do acidente geográfico. Por outro lado, o país vem usando da atitude de uma “vítima” no palco internacional para induzir o mundo a pensar que a China estava a intimidá-la.
Na conversa telefônica, as Filipinas expressaram a vontade de reforçar o diálogo com a China, valorizando o mecanismo de comunicação entre os dois países para questões do mar, e procurar conjuntamente as soluções. A China não fechará a porta de comunicação com as Filipinas e espera que esta implemente o seu compromisso de resolver adequadamente as diferenças através do diálogo.