Na quinta-feira (20), o presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se com o ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, em Beijing. Xi Jinping homenageou a contribuição histórica de Kissinger na promoção das relações sino-norte-americanas e no aprofundamento da amizade entre os dois povos. Kissinger afirmou que as relações China-EUA são de extrema importância para ambos os países e para a paz e a prosperidade mundial, dizendo que continuará seus esforços para aprofundar o entendimento mútuo entre as duas populações.
No cenário político dos EUA, Kissinger representa a força pragmática que defende o contato e o diálogo com a China, bem como o tratamento adequado das diferenças entre os dois lados. Essa força é capaz de formular políticas racionais e construtivas em relação à China do ponto de vista pragmático de proteger verdadeiramente os interesses estadunidenses. Analisando a história do relacionamento diplomático entre a China e os EUA, não é difícil perceber que, quando a voz da cooperação com a China prevalece em Washington, o desenvolvimento das relações entre a China e os EUA é geralmente tranquilo, mas ao contrário disso, enfrenta desafios e provações.
Como testemunha pessoal dos contatos e das negociações entre a China e os Estados Unidos, Kissinger sabe muito bem que a questão de Taiwan é a questão central mais importante e mais sensível nas relações sino-norte-americanas. Durante sua visita à China este ano, ele disse ao presidente Xi Jinping que é preciso observar os princípios estabelecidos no Comunicado de Shanghai e entender a importância do princípio de uma só China para a República Popular da China. Os políticos de Washington que continuam “brincando com fogo” na questão de Taiwan devem ouvir as admoestações desse homem centenário.
Os chineses costumam dizer: “Obtenha novas percepções estudando as antigas”. Nos últimos 52 anos, a China e os EUA trabalharam juntos e fizeram muitas contribuições importantes para o bem dos dois países e do mundo. Hoje, os formuladores de políticas dos EUA devem olhar para a história em busca de uma resposta para a questão de como ver a China, como se dar bem ela e o que é realmente de interesses nacionais dos EUA. O futuro das relações China-EUA depende da escolha de hoje e não pode ser separado da análise das experiências históricas. Para que o relacionamento bialteral avance, o lado estadunidense precisa da sabedoria diplomática estilo Kissinger.