Recentemente, o primeiro-ministro das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, concedeu uma entrevista ao Grupo de Mídia da China (CMG, na sigla em inglês) durante a sua visita ao país asiático.
Em uma nova visita à China após quatro anos, o primeiro-ministro Sogavare e a China anunciaram em conjunto o estabelecimento formal de uma parceria estratégica abrangente com respeito mútuo e desenvolvimento comum na nova era.
Segundo Sogavare, em 1971, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução 2758, segundo a qual existe apenas uma China no mundo e Taiwan é uma parte inseparável da China. As Ilhas Salomão, depois de 36 anos de hesitação e de ter estado do lado errado da história, demonstraram respeito pela decisão tomada pelo órgão decisório de maior autoridade do mundo, a ONU, ao estabelecer relações diplomáticas com a China em 2019. “Foi a melhor decisão tomada na história do nosso país”, disse o primeiro-ministro.
Sogavare disse que alguns países criticaram a cooperação entre as Ilhas Salomão e a China em termos de desenvolvimento, apesar do fato de terem trazido grandes resultados para o seu país. Sogavare apontou que, até agora, todos esses grandes temores sobre a chamada “armadilha da dívida” e “ameaça dos valores dos países democráticos” são simplesmente absurdos.
O primeiro-ministro das Ilhas Salomão mencionou que o país, em seu esforço de construção, precisa de conectividade em termos de estradas e infraestrutura básica. Certos países sabiam que era disso que o país precisava e forneceram assistência diretamente, e as Ilhas Salomão tiveram que continuar recebendo essa assistência.
“Precisamos aproveitar as oportunidades que a China oferece e as Ilhas Salomão avançarão com o comércio e os investimentos no futuro, em vez de depender da ajuda”, enfatizou o primeiro-ministro.
Ao falar sobre o acordo de cooperação da Iniciativa Cinturão e Rota, Sogavare disse que os resultados já estão sendo vistos hoje. Com a ajuda da China, a Iniciativa terá sinergia com a Estratégia de Desenvolvimento Nacional das Ilhas Salomão.
Durante a entrevista, o primeiro-ministro analisou o futuro da cooperação entre as Ilhas Salomão e a China e apresentou as competitivas ofertas de exportação do país. Além disso, ele expressou séria preocupação com questões internacionais, como a decisão do governo japonês de despejar água residual contaminada no mar e a questão da cooperação submarina nuclear entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália.