A Cúpula do G7 em Hiroshima— Uma Mascarada Disfarçada da Unidade

No grande espetáculo anual do G7, ostentar a “unidade” disfarçada é um programa reservado. Na cúpula de Hiroshima, realizada em maio de 2023, o G7 se gabou de promover um mundo “pacífico, estável e próspero”, enquanto fez acusações infundadas contra a China e a Rússia em termos de “regras”, geopolítica, segurança e economia. A cúpula está cheia de arrogância e preconceitos e provoca a confrontação e a divisão. Este ato egoísta e hegemônico está condenado ao fracasso, e desvenda a verdadeira natureza do G7.

Um produto desacreditado para arrogância e prepotência sem representatividade, poderio econômico suficiente e credibilidade

Primeiro, não há representatividade. O G7 soma menos de 800 milhões de população, representa apenas um décimo da mundial. O bloco está composto só por países capitalistas ocidentais, sem mercados emergentes e países em desenvolvimento, nem países euroasiáticos, africanos, latino-americanos e caribenhos. O BRICS, a Organização de Cooperação de Shanghai e o G20 têm mais representatividade e projeção do que o G7. Segundo, não há poderio econômico suficiente. Quando o G7 foi fundado em 1976, os seus membros eram as 7 maiores economias do mundo e o bloco respondia por 61,88% do PIB mundial. No entanto, o poderio econômico dos países do G7 tem diminuído desde o século XXI. Em 2022, só representa 43,67% do PIB mundial. Terceiro, não há credibilidade. O G7 nem sequer representa a comunidade ocidental, muito menos a comunidade internacional. Mesmo assim, o G7 se afora de ser a polícia do mundo, se sobrepõe ao sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional baseada no direito internacional e pratica a hegemonia sob o pretexto da justiça.

Um hipócrita com boa-fé na aparência para levar facada nas costas dos outros

O G7 vem da Guerra Fria. Não só age coletivamente para prejudicar interesses dos outros, mas também não faltam brigas entre os seus membros. A hipocrisia é um truque dos Estados Unidos. Quanto à crise na Ucrânia, os Estados Unidos deitam lenha na fogueira e coagem a Europa a impor mais sanções à Rússia. Arrecadam enormes lucros através da venda de gás natural à Europa a preços altos, mesmo que os seus aliados estejam se afundando cada vez mais na crise energética. Os Estados Unidos aproveitam a Lei de Redução da Inflação para fazer com que a Europa pague pela recuperação econômica dos Estados Unidos. A parceria de segurança trilateral fortalecida entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos (AUKUS) rasgou ainda mais o disfarce da unidade do G7. Para se incorporar no pacto de submarinos com propulsão nuclear liderado pelos Estados Unidos, a Austrália rescindiu o acordo de defesa multibilionário com a França. A França acusou os Estados Unidos de “levar facada nas costas” e retirou a Austrália da sua lista de parceiros estratégicos.

Um instrumento dos Estados Unidos para praticar hegemonia, conter e se opor à China

Nos últimos anos, sob a manipulação dos Estados Unidos, o G7 vem se tornando cada vez mais obcecado em especular sobre assuntos relacionados com a China, incitar confrontos geopolíticos, demonizar e estigmatizar a China. O G7 decaiu para servir de um instrumento dos Estados Unidos para conter a China. A razão fundamental pela qual as relações sino-americanas estão desviadas do caminho correto reside em que os Estados Unidos não abandonam a mentalidade hegemônica e dos jogos de soma zero, e têm uma percepção estratégica sobre a China fundamentalmente errada. Se os Estados Unidos persistirem na visão distorcida sobre o mundo e na percepção errada sobre a China, e insistirem em tratar a China como competidor, os Estados Unidos se dirigirão a um beco sem saída.

Um palco do Japão com intenções maliciosas

O Japão sediou a Cúpula em Hiroshima para fazer dois shows. Um é show político que visa congraçar os eleitores do círculo eleitoral do próprio primeiro-ministro. Não exclui a possibilidade de o partido no poder aproveitar a ocasião da cúpula para dissolver a Câmara dos Deputados e convocar eleição antecipada para obter mais vantagens. Em maio, uma pesquisa revelou um aumento súbito de 9% na aprovação do gabinete de Fumio Kishida e 85% dos entrevistados avaliaram como positiva a cúpula sediada pelo Japão. O outro show é para “se absolver da culpa”. O Japão distorceu a história e tentou branquear a história da agressão militarista do Japão. A cúpula lançou o documento dos dirigentes do G7 sobre o desarmamento nuclear, propondo a meta de construir um mundo livre de armas nucleares. Todo o mundo sabe que, o Japão, ao afirmar a sua adesão aos “Três Princípios Não-Nucleares”, conta ainda com a proteção nuclear dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos, o Japão e outros países do G7 conturbam o mundo e deixam prejuízos imensuráveis. Em contraste, a Cúpula China-Ásia Central, realizada quase ao mesmo tempo, representa as forças de paz e justiça. Os seis países participantes praticam o verdadeiro multilateralismo, promovem juntos a formação da comunidade com futuro compartilhado para a humanidade e injetam estabilidade e energia positiva ao mundo de turbulência e transformação.

A mudança da época é uma torrente histórica imparável. Em termos do poder, posição e moral, o G7 não é qualificado nem capaz de ser arrogante. É melhor os países do G7 se preocuparem com os próprios assuntos.

CRI Português

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