“Líderes da China e do Brasil fizeram histórias.” “A visita de Lula à China abriu oportunidades para o Brasil.” “Após encontros com o presidente Xi Jinping, a bagagem do presidente Lula volta lotada de acordos bilaterais e planos de cooperação.” A mídia brasileira deu avaliações muito positivas à visita do presidente do país, Luiz Inácio Lula da Silva, à China, que terminou nesse sábado (15).
É amplo o consenso de que os chefes de Estado chinês e brasileiro traçaram uma direção para as próximas colaborações bilaterais, o que levará os países a ter um relacionamento promissor no futuro.
Este ano marca o 30º aniversário da parceria estratégica global entre a China e o Brasil. Em 2024, os dois países celebrarão 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas. A visita do presidente brasileiro neste momento importante despertou grande atenção na comunidade internacional.
O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a China está disposta a trabalhar junto com o Brasil para abrir um novo futuro das relações na nova era. Lula, por sua vez, assinalou que o reforço dos laços com os chineses em todas as áreas representa um forte desejo comum da legislatura e dos diferentes setores sociais brasileiros.
A China e o Brasil são os maiores países em desenvolvimento e importantes mercados emergentes, respectivamente dos hemisférios Leste e Oeste. Apesar de ter uma longa distância geográfica, as duas nações mantiveram contatos por muito tempo. A República Popular da China e a República Federativa do Brasil estabeleceram relações diplomáticas em 15 de agosto de 1974. O presidente brasileiro já visitou o país quatro vezes. Lula teve outros dois mandatos no cargo, respectivamente entre 2003 e 2007 e entre 2007 e 2011.
A China e o Brasil enfrentam suas próprias tarefas de desenvolvimento neste mundo com mudanças e incertezas drásticas. A China está promovendo um desenvolvimento de alta qualidade e uma abertura de alto nível. O Brasil está em processo de “reindustrialização” e redução da pobreza.
Os chefes de Estado dos dois países tratam do relacionamento sino-brasileiro com uma visão estratégica. Isso significa que a confiança política mútua já chegou a um novo patamar e a base para os laços bilaterais se tornou mais consolidada.
A ver com a agenda da visita de Lula à China, o Brasil mostrou um forte desejo de estreitar a cooperação bilateral em novas áreas, abrangendo economia de baixo carbono, economia digital, informação e telecomunicações, assim como aviação e aeroespaço. Os dois países estão ampliando o espaço na colaboração em alta ciência e tecnologias novas.
As interações sino-brasileiras também servem como um exemplo para as nações em desenvolvimento romperem o monopólio tecnológico dos países desenvolvidos.
Como líderes das nações em desenvolvimento, China e Brasil mantêm um relacionamento que supera o âmbito bilateral e promove o aprimoramento da governança global.
Ao discursar durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, realizada no dia 13 em Shanghai, Lula questionou por que os países devem fazer liquidação em dólar e não em RMB ou outras moedas. As afirmações despertaram ampla atenção do público.
Para controlar a inflação interna, os Estados Unidos aumentaram consecutiva e radicalmente a taxa de juros, causando impactos severos para os mercados emergentes, que passaram a ter um forte apelo de autofortalecimento por meio de união. No final de março deste ano, o governo brasileiro afirmou ter chegado a um acordo com a China para fazer liquidação em moeda local.
Além disso, os governos dos dois países têm reforçado coordenações em assuntos internacionais de interesse comum em âmbitos como das Nações Unidas, do BRICS e do G20. Durante o encontro de Xi Jinping e Lula, na sexta-feira (14) em Beijing, as duas partes concordaram que o diálogo e as negociações representam o único meio viável para resolver a crise da Ucrânia.
Em resumo, as relações sino-brasileiras vão subir para um novo patamar na nova era, sob a liderança dos dois chefes de Estado. Isso trará mais benefícios para os dois povos e injetará novos dinamismos para a cooperação sino-latino-americana e para a paz e o desenvolvimento mundiais.
Assim, não é difícil entender por que o presidente Lula disse que “ninguém vai impedir que o Brasil aprimore a sua relação com a China”.