Na noite de sexta-feira (10), horário em Beijing, a China, a Arábia Saudita e o Irã publicaram declaração conjunta anunciando que os dois países do Oriente Médio chegaram a um acordo para retomar as relações diplomáticas e reabrir embaixadas e missões dentro de dois meses.
A boa notícia foi calorosamente aplaudida pela comunidade internacional e mídia do globo, incluindo a imprensa ocidental.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, agradeceu à China pela promoção do diálogo que favorece a estabilidade da região do Golfo.
A Arábia Saudita e o Irã, representantes do Islã sunita e xiita respectivamente, estão em conflito com a crise síria, a situação no Líbano e a guerra civil no Iêmen há muito tempo e são conhecidos como “arqui-inimigos no Oriente Médio”.
Mas quando percebemos as mudanças na região e os esforços diplomáticos da China, não é surpresa que a Arábia Saudita e o Irã tenham alcançado consenso em Beijing. Os dois países já reconheceram que os Estados Unidos não são confiáveis e que o futuro da região tem de ser decidido pelos povos do Oriente Médio.
A China sempre apoiou a independência estratégica dos países do Oriente Médio e a solução das questões por meio do diálogo, razão pela qual os chineses se tornaram um amigo verdadeiro e confiável.
A Arábia Saudita e o Irã, dois grandes países em sua região, abriram um novo caminho rumo à paz e estabilidade no Oriente Médio, servindo também de exemplo para solucionar contradições por meio de conversação.
Ao mesmo tempo, a solução da crise entre os dois países destacou o valor da Iniciativa Global de Segurança, altamente reconhecida e aplaudida pelos países da região.
O recente acordo prova que as forças armadas não solucionam questões e que o diálogo é a única via da solução.