A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU realizou recentemente um debate aberto sobre a explosão dos gasodutos Nord Stream. Na ocasião, a parte chinesa enfatizou que uma investigação objetiva, justa e profissional tem interesses com todas as partes envolvidas e a investigação deve ser acelerada.
Vale lembrar que no final de setembro do ano passado, surgiram quatro pontos de vazamento nos gasodutos Nord Stream-1 e Nord Stream-2 nas áreas marítimas da Suécia e Dinamarca. A opinião pública acha que se trata de uma destruição proposital, e não um incidente. No entanto, cinco meses depois ainda não há um resultado das investigações sobre esta questão.
No dia 8 de fevereiro deste ano, o jornalista estadunidense e ganhador do prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, revelou que mergulhadores da Marinha dos Estados Unidos plantaram explosivos para destruir os gasodutos Nord Stream no ano passado. Segundo o artigo de Hersh recém-publicado no site Substack, “How America Took Out The Nord Stream Pipeline” (Como a América se livrou do gasoduto Nord Stream), em junho do ano passado, mergulhadores da Marinha dos EUA, operando sob a cobertura de um exercício da OTAN, plantaram os explosivos acionados remotamente que, três meses depois, destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream.
Esta reportagem causou uma grande repercussão na comunidade internacional. O Conselho de Segurança da ONU também afirmou que a investigação internacional sobre o caso é uma “prioridade global”.
Primeiro, os gasodutos Nord Stream são importantes infraestruturas transnacionais e de suma importância para o transporte energético. Sua destruição causou impactos negativos tanto para o mercado de energias do mundo como para o meio ambiente. Por isso, o mundo inteiro tem o direito de saber a verdade.
Segundo, o vazamento de milhões de metros cúbicos de gás natural emitiu até 230 mil toneladas de metano. O metano causa um efeito estufa 80 vezes maior do que o dióxido de carbono. Portanto, quem destruiu os gasodutos de propósito cometeu um crime ambiental.
Terceiro, o acidente é uma questão política que tem a ver com a segurança da Europa. Uma investigação completa sobre o assunto pode favorecer a resolução da crise ucraniana através de negociações.
Enfim, a investigação objetiva e justa sobre o vazamento dos gasodutos Nord Stream é uma questão de defesa para a justiça internacional. Se o caso não puder ser esclarecido, os manipuladores poderão realizar mais atividades terroristas.