Beijing – Duas candidatas à vacina contra a COVID-19 baseadas em mRNA e produzidas pela fabricante chinesa CanSino Biologics se mostraram eficazes em testes pré-clínicos, sugerindo potencial para testes em humanos, de acordo com um novo estudo publicado na revista Emerging Microbes & Infections.
Os resultados mostraram que as duas vacinas, mRNA-Beta e mRNA-Ômicron, podem induzir elevados níveis de anticorpos neutralizantes contra variantes originais e múltiplas do SARS-CoV-2, como Beta, Delta e Ômicron.
Duas doses de mRNA-Beta podem induzir uma ampla proteção, especialmente para Beta e variantes originais. Paralelamente, o mRNA-Ômicron foi sugerido como injeção de reforço em camundongos vacinados com mRNA-Beta primário ou Ad5-nCoV, a vacina recombinante contra a COVID-19 da empresa, para oferecer maior proteção contra a variante Ômicron, de acordo com o estudo
As vacinas chinesas de mRNA obtiveram aprovação para testes clínicos em abril e entraram na fase 1 de testes em humanos, de acordo com um comunicado da empresa divulgado esta semana.
Em comparação com as tecnologias de vacinas tradicionais, a tecnologia de mRNA tem a vantagem de um ciclo de desenvolvimento e produção mais curto.
A fabricante chinesa de vacinas informou que uma base de industrialização de vacinas contra a COVID-19 de mRNA estava em construção em Shanghai. A capacidade de produção anual poderá atingir 100 milhões de doses até o final de 2022.