Rio de Janeiro – O governo brasileiro arrecadou nesta quinta-feira 2,716 bilhões de reais (US$ 522 milhões) com o leilão de 15 aeroportos, entre eles, Congonhas, situado no centro da cidade de São Paulo e o segundo mais movimentado do país em número de passageiros.
A arrecadação foi quase o triplo do valor mínimo exigido pelo governo, de 38 milhões de reais (US$ 180 milhões). Com o leilão desta quinta-feira, 92% do tráfego aéreo do país se encontra em mãos da iniciativa privada, processo iniciado em 2011.
O principal bloco leiloado, composto por 11 aeroportos, entre eles o de Congonhas, foi arrematado pela espanhola Aena Desarollo Internacional, única interessada no lote, pelo qual se comprometeu a pagar um total de US$ 1,603 bilhão, dos quais, US$ 471 milhões correspondem ao custo da licença de operação por 30 anos e US$ 1,132 bilhão restante os compromissos com investimentos.
A Aena já opera seis aeroportos no Nordeste, incluindo o de Recife. Também integram o bloco adquirido hoje os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, Santarém, Marabá, Carajás/Parauapebas e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
Os outros dois vencedores do leilão desta quinta-feira foram dois grupos brasileiros. O fundo XP Investimentos arrematou dois pequenos aeroportos em São Paulo (Campo de Marte) e Rio de Janeiro (Aeroporto de Jacarepaguá).
Já o consórcio Novo Norte venceu o leilão pelo bloco Norte I, integrado pelos aeroportos das capitais do Pará, Belém, e do Amapá, Macapá.
Os 15 aeroportos leiloados têm um movimento de 30 milhões de passageiros por ano (antes da pandemia) que representam cerca de 16% do tráfego aéreo do Brasil.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados de hoje”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. “É um dia de comemoração para nós, porque hoje chegamos à marca de 100 licitações nos últimos três anos e oito meses. Só na aviação, temos hoje 59 aeroportos administrados pelo setor privado”, acrescentou.