Beijing, 26 mar (Xinhua) — Aprovada para uso de emergência, uma vacina chinesa de subunidade proteica recombinante contra COVID-19 se mostrou segura e pode induzir uma resposta de anticorpos nos testes iniciais, de acordo com um estudo publicado nesta semana na revista The Lancet Infectious Diseases.
Os resultados de testes da primeira e segunda fase mostram que 97% dos participantes, os quais receberam três doses de 25 microgramas da vacina, produziram anticorpos eficazes na neutralização do vírus, e seus níveis de anticorpos foram mais altos que os de pacientes recuperados, indicando respostas imunitárias mais fortes, disse o estudo.
A China aprovou em 10 de março o uso de emergência da vacina, que foi desenvolvida em conjunto pelo Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências e pela Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical Co. Ltd.
De acordo com os pesquisadores, os estudos das primeiras fases, que foram randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo, envolveram 950 participantes saudáveis de 18 a 59 anos. Nenhum grave evento adverso foi relatado.
Após inoculação de duas doses da vacina, 76% dos participantes produziram anticorpos neutralizantes. Após três doses, 97% produziram anticorpos neutralizantes, disse o estudo.
Os pesquisadores estão conduzindo estudos da fase 3 no Uzbequistão, Indonésia, Paquistão e Equador. O Uzbequistão aprovou o uso da vacina em 1º de março.
A China já aprovou quatro vacinas contra COVID-19 para comercialização condicional e outra vacina para uso emergencial.