Rio de Janeiro — O Museu Nacional do Brasil anunciou na quarta-feira a descoberta de uma nova espécie de dinossauro, batizado como Berthasaura Leopoldinae, que viveu entre 70 e 80 milhões de anos atrás, no período Cretáceo.
Em uma entrevista à imprensa, especialistas do Museu Nacional afirmaram que se trata do fóssil mais completo de um dinossauro do período Cretáceo encontrado no país. O nome escolhido para o fóssil foi Berthasaura Leopoldinae, em homenagem a Bertha Lutz, pesquisadora brasileira, e a imperatriz Maria Leopoldina.
A espécie foi localizada no município de Cruzeiro do Oeste, estado do Paraná (sul), a cerca de 530 quilômetros de Curitiba, a capital regional. O local onde o fóssil foi encontrado é conhecido como “Cemitério dos Pterossauros” e segundo os pesquisadores, o nível de conservação dos restos é “impressionante”.
O dinossauro possui traços únicos em seu crânio que o converte em uma das principais descobertas paleontólogas do Brasil nos últimos anos.
“Temos restos do crânio e a mandíbula, a coluna vertebral, cinturas peitoral e pélvica e membros anteriores e posteriores, o que torna ‘Bertha’ um dos dinossauros mais completos já encontrados no período Cretáceo brasileiro”, afirmou o diretor do Museu Nacional, Alexandre Kellner.
Esta espécie de dinossauro tinha cerca de um metro de comprimento e um máximo de 80 centímetros de altura. O peso ainda não foi determinado, mas se calcula que não passaria de 10 quilos.
Trata-se, além disso, da primeira espécie de dinossauro sem dentes encontrada na América do Sul e os pesquisadores ainda não descobriram se é herbívora ou carnívora.