Jerusalém — A eficácia do regime de duas doses da vacina Pfizer contra COVID-19 diminui significativamente após cerca de seis meses, segundo um estudo israelense publicado recentemente na revista Nature Communications.O estudo foi conduzido pelo KI Research Institute no centro de Israel e pelo KSM, instituto de pesquisa e inovação da segunda maior organização de manutenção de saúde de Israel, Maccabi Healthcare Services (MHS).
Utilizando o banco de dados computadorizado e centralizado da MHS, o estudo avaliou a correlação entre o tempo desde a vacinação e a incidência de escape imunológico, ou infecção após a vacinação, em um período de acompanhamento de 1 de junho a 27 de julho.Dos 1.395.134 membros da MHS com idade acima de 16 anos que receberam a segunda dose da vacina Pfizer entre janeiro e abril, 1.352.444 foram elegíveis para o estudo.No período de monitoramento, foram registrados 1.911 casos de escape imunológico, 1.151 deles vacinados entre janeiro e fevereiro e 760 vacinados entre março e abril, segundo o estudo.O risco de infecção entre os indivíduos vacinados entre janeiro e fevereiro foi 51% maior do que os imunizados entre março e abril, destacou.Ao estratificar os resultados por idade, o estudo encontrou uma tendência semelhante em todas as faixas etárias.Além disso, os indivíduos vacinados em janeiro apresentaram um risco 2,26 vezes maior de escape imunológico em comparação com os vacinados em abril, de acordo com o estudo.”Nossos resultados correspondem a publicações recentes que demonstram um declínio significativo nos níveis de anticorpos e compostos do sistema imunológico com o passar do tempo após a segunda dose de vacinação”, acrescentou.