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Forma lucrativa da sustentabilidade da gigante brasileira de cosméticos Natura

Rio de Janeiro — A Amazônia compreende um dos maiores e mais diversificados biomas do planeta, contendo uma rica biodiversidade de fauna e flora com alto grau de endemismo. Como realizar uma exploração sustentável da diversidade biológica da floresta amazônica? A gigante brasileira de cosméticos Natura pode ensinar.

A Natura foi criada em 1969 quando Antônio Luiz Seabra abriu uma loja e uma pequena fábrica em São Paulo. Hoje em dia, já se tornou o quarto maior grupo de beleza do mundo, avaliado em US$11 bilhões. Ao mesmo tempo, uma das empresas pioneiras na preservação do meio ambiente, a Natura é reconhecida pela ONU por inserir, com sucesso, a sustentabilidade em sua cultura, marca, gestão e estratégia de negócios.

”O que nós procuramos ter sempre presente é que somos parte da natureza, e só o contato com ela, a experiência de vivê-la pode ser indutora de saúde e de prosperidade. As coisas se interligam. Um corpo adoentado se distancia da prosperidade, e das possibilidades de desenvolvimento,” explicou Antônio Luiz Seabra, fundador da Natura, em entrevista à Xinhua.

Em 2011, o Programa Natura Amazônia nasceu com o propósito de alinhar a utilização de bioingredientes de fontes renováveis à sociobiodiversidade amazônica. Até hoje, a empresa já desenvolveu 39 bioingredientes amazônicos e 16,5% dos insumos dos produtos da empresa vêm da região, beneficiando mais de 7 mil famílias e cerca de 85 cadeias de fornecimento.

O conhecimento da vasta biodiversidade brasileira passou a ser prioridade da empresa para o desenvolvimento de novos e exclusivos produtos de variedades orgânicas e químicas intensas.

”Aqui nós temos mais de 6 mil ingredientes, e aqui dentro da Natura, nós temos no momento 21 óleos essenciais, que são exclusivos, a maioria vem da biodiversidade brasileira, e temos algumas essências da LATAM, e a maioria vem do Amazonas, da biodiversidade amazônica,” afirmou Verônica Kato, bioquímica e perfumista da Natura.

O valor e a longevidade de uma empresa estão ligados à sua capacidade de contribuir para o desenvolvimento sustentável. Em 27 de setembro 2015, a Natura recebeu o prêmio internacional “Champions of the Earth”, na categoria “Visão Empreendedora”, concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em reconhecimento ao compromisso da companhia em priorizar a sustentabilidade na sua estratégia de negócios.

Segundo Roberto Marquês, CEO da companhia, ”a Natura já trabalha na Amazônia há mais de 20 anos mostrando que é possível você conciliar o desenvolvimento das comunidades locais com a manutenção da floresta, o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo a proteção da floresta, seja com a biodiversidade, trabalhando com a proteção, com a inovação, trabalhando com as comunidades locais.”

Agência Xinhua

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