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Fórum de Cooperação em Moeda Local do Sul Global é realizado no Brasil em meio ao aumento do comércio Sul-Sul

São Paulo – A cooperação em moeda local entre as nações do Sul Global tem amplas perspectivas e grande potencial, pois os laços comerciais sul-sul mais estreitos estimulam a demanda por liquidações em moeda local, disseram autoridades e especialistas da China e do Brasil.

   Em um discurso em vídeo no Fórum de Cooperação em Moeda Local do Sul Global realizado na terça-feira, Tao Ling, vice-presidente do Banco Popular da China, disse que as moedas locais usadas em atividades de comércio e investimento internacionais ajudariam a reduzir os custos de câmbio, mitigar os riscos cambiais, facilitar o comércio e o investimento, investir o crescimento econômico nacional, bem como fornecer uma forte força motriz para o desenvolvimento comum da economia mundial.

   Tao observou que o Banco Popular da China espera fortalecer a comunicação e a colaboração com os bancos centrais das nações do Sul Global e criar um melhor ambiente institucional e de mercado para a cooperação em moedas locais, aderindo à mercantilização e ao Estado de direito.

   O Sul Global é responsável por mais de 40% da economia mundial, representando uma força fundamental para o crescimento econômico global.

   Tatiana Rosito, secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda do Brasil, comentou que “no contexto da redução dos custos de transação e da promoção da integração financeira entre os dois países”, o Tesouro Nacional do Brasil está apresentando títulos Panda para acesso ao mercado de capitais chinês, que oferece taxas de juros mais baixas do que os mercados tradicionais em dólares.

   “Por meio do uso de moedas locais, da integração dos mercados de capitais e da promoção de investimentos sustentáveis, estamos abrindo novas oportunidades para empresas e investidores brasileiros e chineses”, disse ela.

   Fausto Pinato, presidente da Frente Parlamentar Brasil-China do Congresso Nacional Brasileiro, disse que o uso de moedas locais no comércio internacional beneficia tanto o Brasil quanto a China, pois reduziria a dependência do dólar americano, aumentaria a autonomia monetária e promoveria o crescimento econômico em ambos os países.

   Zhang Baojiang, presidente do Banco de Comunicações, um dos cinco maiores bancos comerciais da China, disse que o banco acelerará a inovação no financiamento em moeda local, melhorará a eficiência do financiamento, reduzirá os custos de financiamento e promoverá o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação do Sul Global com serviços financeiros melhores e mais eficientes.

   No fórum, o Instituto Xinhua e a sede de Shanghai do Serviço de Informações Econômicas da China publicaram conjuntamente um documento de pesquisa intitulado “Enfrentando distâncias, promovendo a prosperidade: Inovação na cooperação em moeda local entre as nações do Sul Global”.

   O relatório fornece uma análise abrangente das práticas de cooperação em moeda local em nações selecionadas do Sul Global, especialmente nos países do BRICS.

   O relatório também explora formas e sugestões para expandir ainda mais a profundidade e a amplitude da cooperação em moeda local, oferecendo sugestões úteis para promover o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação em moeda local no Sul Global.

   O fórum, organizado pelo Serviço de Informações Econômicas da China da Agência de Notícias Xinhua, atraiu cerca de 200 participantes de instituições financeiras, empresas, departamentos governamentais, organizações de mídia e think tanks do Sul Global.

Pessoas assistiram à demonstração de um drone agrícola fabricado na China durante a apresentação de lançamento de um projeto de demonstração de cooperação de mecanização agrícola China-Brasil em Apodi, Brasil, em 2 de fevereiro de 2024. (Xinhua/Wang Tiancong)

Agência Xinhua

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