Xinhua – Diario de Pernambuco

A maior agência de notícias da China e um dos principais canais para conhecer o país

 Cientistas chineses dão um grande passo em direção à construção de bases em Marte

Beijing – Um estudo realizado por pesquisadores chineses confirmou a viabilidade da produção contínua de materiais de fibra a partir do solo marciano, indicando que a “utilização de recursos in-situ” poderia ser alcançada na construção de futuras bases em Marte.

   Uma equipe de pesquisa do Instituto Técnico de Física e Química de Xinjiang da Academia Chinesa de Ciências (ACC), em colaboração com várias instituições, incluindo o Instituto de Geoquímica da ACC e a Chinese University of Hong Kong, Shenzhen, simulou com sucesso o solo marciano usando basalto da Terra e produziu fibras contínuas do solo marciano por meio de experimentos de derretimento-trefilação, informou o ScienceNet.cn na segunda-feira.

   Os pesquisadores também analisaram o impacto dos fatores como a baixa gravidade marciana e a atmosfera única do planeta – caracterizada por baixa pressão e atmosfera inerte – no processo de produção e desempenho da fibra.

   Os resultados da pesquisa confirmam a viabilidade de produzir materiais de fibra contínuos e de diâmetro controlável a partir do solo marciano. Essas fibras podem ser usadas na preparação de materiais compostos reforçados com fibras, que têm importante valor de aplicação para o uso do solo marciano para construir futuras bases marcianas, disse Ma Pengcheng, que liderou a equipe de pesquisa.

   A equipe de Ma está comprometida há muito tempo com o estudo e a aplicação de fibra de basalto de alto desempenho.

   “Embora as amostras físicas do solo marciano não estejam disponíveis atualmente, o basalto, que é amplamente encontrado na Terra, é muito semelhante ao solo marciano em termos de composição química e mineral e comportamento de derretimento”, acrescentou Ma.

   Nos últimos anos, a equipe de pesquisa conduziu extensos experimentos usando basalto para simular o solo marciano, que mostrou que o solo marciano simulado poderia ser completamente derretido a 1.360 graus Celsius, e nenhuma precipitação de cristal óbvia ocorreu durante o processo de derretimento-resfriamento.

   O material fundido se transformou em um estado vítreo amorfo após a têmpera, demonstrando excelentes propriedades para a produção de fibras, de acordo com Ma.

   Com base nesses resultados experimentais, os pesquisadores usaram o método de derretimento-trefilação para produzir fibras contínuas do solo marciano. Após uma análise mais aprofundada, descobriu-se que velocidades de trefilação mais baixas resultam em uma estrutura atômica mais densa nas fibras do solo, intensificando sua resistência a danos externos e melhorando suas propriedades mecânicas, observou Ma.

Agência Xinhua

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Voltar ao topo