Xining, 30 jun – A construção de um conjunto de telescópios de pesquisa, que será usado principalmente para detectar detritos espaciais em órbitas médias e elevadas, começou a ser contruído na Província de Qinghai, noroeste da China, aproveitando o céu noturno limpo da região do planalto.
O conjunto de telescópios de pesquisa de aplicações múltiplas, MASTA, desenvolvido pelo Observatório da Montanha Roxa da Academia Chinesa de Ciências, está em construção na vila de Lenghu, em Qinghai, com uma altitude média de 3.800 metros acima do nível do mar.
Com conclusão prevista em 2023, o espectro do telescópio deve preencher a lacuna da China nesse tipo de tecnologia.
“O conjunto de telescópios de pesquisa pode detectar pequenos detritos espaciais e determinar sua órbita e padrão regular de operação, fornecendo alertas precoces e tornando possível evitar colisões com lixo espacial que ameace a segurança de naves em órbita”, disse Lei Chengming, pesquisador do Observatório da Montanha Roxa.
Tian Cairang, vice-diretor executivo do Comitê de Gestão do Parque Industrial Lenghu, afirmou que Lenghu se tornou uma base de observação astronômica com atuais seis unidades de pesquisa científica e oito projetos de telescópio. No futuro, espera-se que Lenghu passe a ser a maior base de observação astronômica na China e um centro de pesquisa astronômica de classe mundial.
A vila, com uma área total de 17.800 quilômetros quadrados, está localizada 944 quilômetros de Xining, capital de Qinghai. Suas noites limpas atendem às condições para um local de observatório de classe mundial.