Lanzhou – A Academia de Dunhuang anunciou a publicação de relatórios arqueológicos sobre três cavernas das milenares Grutas de Mogao, um Patrimônio Mundial da UNESCO com ricas coleções de obras de arte budistas na China.
A compilação dos documentos levou mais de uma década. Os textos de 300 mil caracteres sobre as cavernas nº 256, 257 e 259 das grutas constituem o segundo volume dos “Obras Completas sobre as Grutas de Dunhuang”.
Esse projeto épico de compilação foi lançado em 1994 pela então vice-diretora da Academia de Dunhuang, Fan Jinshi. O primeiro volume da coleção foi publicado em 2011.
O segundo volume, composto por três edições, registra detalhadamente as posições, estruturas e estados de preservação das três cavernas, bem como esculturas e murais e inscrições nelas, registros anteriores de pesquisa, levantamento e mapeamento, fotos e relatórios de datação por carbono-14, a bibliografia de artigos de pesquisa relacionados e outras informações relevantes.
Além dos registros meticulosamente escritos, o segundo volume apresenta cerca de 300 ilustrações, mais de 900 fotos e 43 imagens panorâmicas digitais.
“Os relatórios arqueológicos não são apenas as referências mais abrangentes sobre as cavernas, mas também os arquivos mais científicos”, avalia Zhang Xiaogang, vice-diretor da Academia de Dunhuang.
“Se um dia as cavernas não existirem mais, as gerações futuras poderão restaurá-las completamente com base nos relatórios arqueológicos”, acrescentou Zhang.
Construídas entre os séculos IV e XIV, as Grutas de Mogao abrigam uma vasta coleção de obras de arte budistas, com mais de 2 mil esculturas coloridas e 45 mil metros quadrados de murais localizados em 735 cavernas, escavadas ao longo dos penhascos por antigos veneradores.