“A China tem história, civilização e cultura muito ricas, e tenho certeza de que muitas pessoas estarão interessadas em aprender mais sobre isso”, disse à Xinhua a bibliotecária nacional e diretora executiva (CEO) das Bibliotecas de Malta.
Valeta — Cheryl Falzon, bibliotecária nacional e diretora executiva (CEO) das Bibliotecas de Malta, previu uma cooperação cultural mais estreita entre Malta e a China com base na compreensão e apreciação mútuas.
“A China tem história, civilização e cultura muito ricas, e tenho certeza de que muitas pessoas estariam interessadas em aprender mais sobre isso”, disse Falzon à Xinhua em uma entrevista recente.
Ela fala muito bem da Iniciativa de Civilização Global da China, que enfatiza a importância de respeitar a diversidade de civilizações e fortalecer os intercâmbios e a cooperação internacional entre povos.
Compreender as culturas de outros países ajudará as pessoas a aceitar, respeitar e se integrar em um ambiente multicultural, acrescentou.
As Bibliotecas de Malta estão coletando publicações sobre vários temas para doar à Biblioteca Jinling em Nanjing, capital da província de Jiangsu, no leste da China. O objetivo é oferecer aos chineses a oportunidade de conhecer Malta, um pequeno país insular que também é rico em história, cultura e tradições, disse ela.
Falzon espera que esses livros sejam transportados para a China em junho. Será a primeira vez que as Bibliotecas de Malta doarão livros para uma biblioteca chinesa. Ela espera expandir ainda mais a cooperação com a Biblioteca Jinling no futuro e também colaborar com mais bibliotecas chinesas.
As Bibliotecas de Malta são a entidade responsável pela Biblioteca Nacional de Malta, a Biblioteca Nacional (Gozo), a Biblioteca Pública Central, a Biblioteca Pública de Gozo, todas as bibliotecas públicas regionais e filiais nas Ilhas Maltesas, bem como o Escritório Bibliográfico Nacional.
Como parte das comemorações do 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Malta, a Biblioteca Jinling doou mais de 200 livros às Bibliotecas de Malta em outubro do ano passado, lançando o primeiro programa “Janela de Livros Chineses” na Europa. Os livros abrangem áreas como literatura e arte chinesas antigas, história, geografia, política chinesa contemporânea, economia, cultura, turismo e alimentação.
Embora Falzon ainda não tenha visitado a China, ela tem um profundo interesse pela cultura chinesa. Quando esses livros foram doados, ela foi a primeira a pegar um emprestado, disse ela.
Esses livros ajudaram tanto a comunidade chinesa em Malta quanto outras pessoas a aprender sobre vários temas, como história, cultura e tradições da China. Muitos estão disponíveis em inglês ou bilíngue, permitindo que aqueles que não são fluentes em chinês explorem a riqueza da cultura chinesa, disse Falzon.
Malta e a China têm um relacionamento de longa data e mutuamente benéfico, disse ela.
Desde 2018, as Bibliotecas de Malta colaboram com o Centro Cultural da China em Malta. Falzon disse esperar estreitar a cooperação com o centro, lembrando que os vários eventos ali organizados, dirigidos a públicos diversos de diferentes faixas etárias, têm promovido significativamente o intercâmbio cultural e aprofundado os laços entre os povos dos dois países.
Com relação à futura cooperação cultural entre Malta e a China, Falzon disse: “Acredito que precisamos continuar nossa colaboração e incluir um ao outro em atividades culturais relevantes para fortalecer os laços que já existem”.
Apesar da distância geográfica entre Malta e a China, ela está confiante de que o aumento das viagens entre os dois países “aproximará ainda mais nossos povos e países”.