Washington, 15 abr (Xinhua) — Os Estados Unidos impuseram nesta quinta-feira sanções contra a Rússia e expulsaram 10 diplomatas em resposta à suposta interferência eleitoral e as atividades cibernéticas de Moscou.
A Casa Branca disse em um comunicado que o presidente Joe Biden assinou uma nova ordem executiva de sanções contra a Rússia.
De acordo com a ordem, o Departamento do Tesouro norte-americano emitiu uma diretriz que proíbe as instituições financeiras americanas de participar do mercado primário de bônus denominados em rublos ou em outra moeda emitidos depois de 14 de junho de 2021 pelo Banco Central, o fundo de riqueza nacional ou o Ministério das Finanças da Rússia.
O Tesouro também designou seis empresas tecnológicas russas que “prestam apoio ao programa cibernético dos Serviços de Inteligência russos”, e 32 entidades e indivíduos relacionados com a interferência nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020, segundo o comunicado.
Além disso, o Tesouro, junto com a União Europeia, Reino Unido, Austrália e Canadá, incluiu na lista negra oito pessoas e entidades pela questão da Crimeia.
Os Estados Unidos estão expulsando 10 membros do pessoal da missão diplomática russa em Washington D.C., acrescentou o comunicado, indicando que o pessoal “inclui representantes dos serviços de inteligência russos.”
No comunicado também consta a acusação do Serviço de Inteligência Exterior russo por realizar o suposto ataque cibernético do SolarWinds no ano passado.
Estas medidas foram tomadas dias depois que Biden advertiu seu homólogo russo, Vladimir Putin, em uma chamada telefônica, que os EUA “atuarão com firmeza em defesa de seus interesses nacionais em resposta às ações da Rússia, como as intrusões cibernéticas e a interferência eleitoral.”
O Kremlin disse em repetidas ocasiões que as acusações sobre a suposta intromissão da Rússia nas eleições americanas de 2020 são infundadas e lamentáveis, e as qualificou como um pretexto para impor sanções adicionais.
As relações entre Washington e Moscou têm sido conflituosas nos últimos anos. Os dois países se divergiram duramente em temas como Ucrânia, Síria e questões de cibersegurança, e se acusaram mutuamente por interferência política interna.