Beijing, 15 abr (Xinhua) — Demonizar a China pode alimentar os impulsos nacionalistas dos EUA, mas é inútil para encontrar um consenso ou construir a confiança necessária para garantir a coexistência pacífica entre os dois países, destaca um artigo de opinião recente do South China Morning Post.
“A crítica à China em qualquer forma no Capitólio instiga ataques verdadeiros contra asiático-americanos em nossas ruas”, aponta o texto publicado nesta quarta-feira.
Várias manifestações foram realizadas recentemente nos Estados Unidos contra a preocupante onda de racismo e violência anti-asiática no país.
Embora o preconceito anti-asiático já exista nos Estados Unidos desde sua fundação, houve uma onda de crimes de ódio contra asiáticos em todo o país desde 2020, particularmente após as descrições racistas do ex-presidente Donald Trump, chamando a COVID-19 de “vírus da China” e rotulando o país como agressivo, alega o artigo.
“A China claramente não é um agressor”, argumenta o texto, explicando que historicamente a China foi “vítima de agressão pelas forças japonesas e ocidentais”.
Washington tem promovido uma narrativa de que Beijing é agressiva, e tem encorajado outros países a participarem da onda anti-China, observa. “Ao se referir à China como agressora, os Estados Unidos ganham desculpa para tomar medidas unilaterais para tentar conter a ascensão do país.”
“Criticar a China por fazer construção no Mar do Sul da China é como criticar uma criança que sofreu bullying por anos por fazer algumas aulas de defesa pessoal”, salienta o artigo.
“Mostrar tolerância e respeito com a China inspirará tolerância e respeito em relação aos asiático-americanos, e isso tornará nossas cidades mais seguras”, finaliza o texto.