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Sonhos de estudantes vietnamitas podem se realizar com estudos na China

Hanói – O Centro Nacional de Convenções em Hanói estava lotado no sábado com milhares de moradores locais procurando maneiras de realizar seus sonhos nas áreas de educação e carreira estudando na China.

Estudantes universitários ansiosos e seus pais de todo o país se reuniram em um evento de estudo da língua chinesa chamada “Exposição e Seminário de Estudos HSK 2023 na China”, onde fizeram perguntas a mais de 130 representantes de 52 universidades chinesas sobre programas e bolsas de estudo.

Cerca de 60 jovens vietnamitas fizeram duas longas filas diante de uma cabine especialmente projetada para examinandos do Hanyu Shuiping Kaoshi (HSK), conhecido como o Teste de Proficiência Chinês.

Aguardando na fila do estande, um graduado da universidade chamado Van Anh disse à Xinhua que se inscreveria para o próximo HSK juntamente com sua irmã mais nova chamada My Duyen, estudante da Nguyen Van Troi High School em Hanói.

“Depois de finalizar a inscrição no HSK, vou aos estandes de algumas universidades chinesas, talvez conhecer a grade curricular da Universidade de Comunicação da China, porque minha irmã mais nova está muito interessada em jornalismo e mídias”, disse o jovem.

Perto das filas havia um grande grupo de alunos e pais querendo informações sobre programas de graduação e pós-graduação no estande da Universidade de Tsinghua.

Xinhua/Hu Jiali

Vestindo um ao dai (vestido longo tradicional vietnamita), uma mulher de meia-idade chamada Nguyen Khanh Van disse que gostaria de informações sobre uma graduação em artes ou literatura para sua filha que quer muito estudar a cultura chinesa.

“Minha filha estuda matemática, literatura e duas línguas estrangeiras, inglês e chinês na Saigon High School que fica na cidade de Ho Chi Minh. A mensalidade custa 2,5 milhões de dongs vietnamitas (106 dólares americanos), posso pagar valores acessíveis se ela estudar na Universidade de Tsinghua”, disse Van à Xinhua.

A mulher disse que o total anual para uma graduação em ciências sociais é de 26.000 yuans (quase 3.800 dólares) e a acomodação mensal no campus é de 1.200 yuans (174 dólares), muito menor do que os valores em Cingapura e em lugares mais longe, como Estados Unidos e Austrália.

“Sei que as Universidades de Tsinghua, de Beijing, de Fudan e a Jiao Tong de Shanghai são as melhores da China e são renomadas no mundo. Quero que minha filha estude em uma delas”, disse ela.

“Vou me formar daqui a alguns meses na Universidade de Tecnologia de Hanói na área de automação, por isso estou me inscrevendo para um programa de mestrado no Instituto de Tecnologia de Beijing”, disse à Xinhua, Le Hai Nam, no estande do instituto.

“A China é conhecida tanto por seus valores culturais ao longo do tempo quanto pelos avanços científicos e tecnológicos atuais. Com os vínculos cooperativos cada vez mais fortes entre o Vietnã e a China, o compartilhamento de tecnologia entre os dois países aumentará. Assim, poderei aproveitar mais oportunidades de um bom emprego com bom salário ao fazer um mestrado em automação na China”, disse Nam.

Xinhua/Tao Jun

Para se preparar para estudar na China e concorrer a uma bolsa de estudos, o jovem sorridente fez cursos gratuitos de chinês e estudou idioma falado por conta própria.

“Desde o primeiro ano na Universidade de Ciência de Tecnologia de Hanói, comprei livros didáticos e instalei um aplicativo de estudo chinês no meu smartphone para aprender chinês sozinho”, disse ele, citando que espera receber um bolsa de estudos na China em julho.

Segundo Nam, ganhar uma bolsa integral ajudará tanto a estudar e viver confortavelmente em Beijing como a economizar de 500 a 800 yuans (72,5 a 116 de dólares) por mês.

“Se eu não ganhar a bolsa dessa vez, acho que minha família pode pagar as mensalidades e as despesas de aluguel em Beijing. E depois que eu me formar, vou recuperar o investimento que eles fizeram em mim rapidamente”, disse ele sorrindo.

Como Nam, muitos outros moradores locais planejam fazer mestrado na China e voltar para o Vietnã, principalmente para suas cidades natais e colocar em prática o que aprenderam e a experiência que ganharam.

Xinhua/Hu Jiali

Nguyen Ha My, estudante de 21 anos da Universidade de Comércio Exterior em Hanói, disse que nasceu na província de Quang Ninh, no norte que faz fronteira com a China, então ela está acostumada desde cedo com os intercâmbios culturais e econômicos entre os locais.

“Quero aprender mais sobre comércio internacional, fazer um MBA na China e depois voltar para trabalhar em minha cidade natal. Quang Ninh com certeza será beneficiada com a amizade cada vez mais forte e a cooperação multifacetada entre o Vietnã e a China”, disse a estudante do último ano a autoridades chinesas e vietnamitas, estudantes e pais no seminário.

No seminário, o reitor da Escola Internacional de Intercâmbio Cultural da Universidade de Fudan, Luo Jianbo, disse que ao visitar o Vietnã, viu imediatamente a empolgação dos vietnamitas em aprender chinês e o apoio das autoridades locais à atividade. Isso mostra a vitalidade e a abrangência do estudo de chinês no país.

Desde que recebeu os primeiros 214 estudantes vietnamitas em 1965, a Universidade Fudan ganhou cada vez mais vietnamitas, especialmente jovens que são o futuro dos bons vínculos entre os dois países, afirmou ele.

O ministro da Embaixada da China no Vietnã, Xi Hui, disse que nos próximos cinco anos, a China concederá 1.000 bolsas de estudo do governo chinês ao país e 1.000 bolsas internacionais para professores de língua chinesa.

Agência Xinhua

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