Maputo – A cooperação agrícola entre a China e Moçambique vem fortalecendo a capacidade local de prevenção e controle de doenças animais, por meio do intercâmbio técnico, da modernização laboratorial e da formação de profissionais.
Ao lado do estábulo da Estação Zootécnica de Chobela, do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, a diretora Matilde coleta sangue de uma vaca sob orientação de especialistas chineses para testar brucelose e mede a espessura da pele no pescoço para diagnóstico de tuberculose bovina.
Ela explicou que, antes, o gado era criado de forma extensiva e sem controle sanitário. Com o apoio dos especialistas chineses, técnicos locais receberam treinamentos sobre diagnóstico, controle de parasitas e vacinação, o que melhorou significativamente a saúde dos rebanhos. “Agora sabemos coletar, testar e resolver problemas sozinhos”, disse Matilde.
A parceria também apoiou a melhoria dos laboratórios ao doar kits de diagnóstico, testes rápidos e insumos, além de orientar os técnicos locais na execução dos procedimentos, permitindo que os testes sejam realizados de forma autônoma.
O veterinário do grupo de especialistas em agricultura da China enviado a Moçambique, Han Junwei, destacou que o treinamento impulsionou um salto crucial na produção local, com a transição do envase manual para o semiautomático. Os primeiros técnicos que dominaram os processos assumiram o papel de instrutores, transmitindo os conhecimentos a colegas e promovendo a expansão da técnica para regiões vizinhas.
Com esses avanços, Moçambique tem fortalecido seu sistema de defesa sanitária animal, capacitando profissionais locais para proteger de forma autônoma a saúde e a segurança da pecuária.
