Por Hua Hongli, Lin Guangyao e Lucas Liganga
Dar es Salã – Para Omar Haji Makame, 74 anos, morador de Zanzibar, na Tanzânia, conhecido por seu comportamento gentil e tranquilo, os últimos cinco meses foram uma jornada angustiante de dor, incerteza e, por fim, esperança.
Sua história, marcada pela resiliência e cooperação internacional, agora serve como prova do poder transformador da assistência médica e da compaixão humana.
De acordo com seu filho, tudo começou com um inchaço incômodo até que uma forte dor abdominal deixou Makame incapaz de defecar e vomitando incontrolavelmente. Os médicos diagnosticaram uma obstrução intestinal e uma massa no cólon sigmoide, e fizeram uma colostomia de emergência para salvar sua vida.
“Tenho muitos filhos, mas sofri com o impacto físico e emocional do estoma, e os desafios diários de gerenciar o dispositivo sem ajuda fizeram com que eu me sentisse isolado e vulnerável”, lembrou Makame, que mora sozinho, à Xinhua.
Semanas depois, surgiu uma protuberância ao redor do estoma, que foi diagnosticada como uma hérnia paraestomal. Apesar de outra cirurgia e três ciclos de quimioterapia, seu tumor não respondeu bem ao tratamento.
Haitham Hassan, médico local do Hospital Lumumba, disse que, conforme o caso ficava cada vez mais complexo, uma ressecção cirúrgica estava sendo considerada. No último instante, a 35ª equipe médica chinesa em Zanzibar chegou ao Hospital Lumumba. Entre eles estava Bao Zengtao, cirurgião geral e líder da equipe, que não poupou esforços para salvar Makame.
Bao, juntamente com Hassan, iniciou uma avaliação completa, incluindo tomografias computadorizadas abdominais aprimoradas e exames de marcadores tumorais. Bao concluiu que Makame poderia passar por uma cirurgia laparoscópica minimamente invasiva, uma técnica anteriormente considerada inviável para um caso dessa complexidade.
