Por Hua Hongli e Lucas Liganga
Dar es Salã – Na Universidade de Dar es Salã, a maior universidade estadual da Tanzânia, uma biblioteca com apoio da China está aprimorando o aprendizado e a pesquisa de milhares de estudantes e acadêmicos.
A biblioteca, inaugurada em 27 de novembro de 2018 com o apoio do governo chinês, tornou-se um dos maiores e mais avançados centros de aprendizagem da África Oriental. Hoje, ela serve não apenas como um centro de estudos, mas também como impulsionadora da colaboração internacional.
Com capacidade para 2.500 usuários, a biblioteca tem Internet de alta velocidade, acesso digital a periódicos globais e um moderno laboratório de informática. Para muitos estudantes, não é apenas um local de estudo, mas também um ambiente propício à pesquisa e ao crescimento acadêmico.
Stanley Kulanga, doutorando de 32 anos em mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, disse que a biblioteca tem sido fundamental para seu progresso acadêmico.
“Desde o dia em que comecei meu doutorado, este tem sido o melhor lugar para me concentrar e acessar os materiais de que preciso”, disse Kulanga à Xinhua em entrevista. “Costumo ser o primeiro a entrar e o último a sair”.
Para professores e pesquisadores, a biblioteca também se mostrou essencial.
Samwel Mchele Limbu, professor sênior do Departamento de Tecnologia em Aquicultura da Escola de Ciências Aquáticas e Tecnologia Pesqueira, disse que o vasto acervo de recursos impressos e eletrônicos da instituição foi fundamental para o avanço de seu trabalho.
“Na verdade, usei a biblioteca para escrever manuscritos, o que me tornou o melhor pesquisador do ano por dois anos consecutivos”, disse ele.
Descrevendo a biblioteca como uma prova da cooperação China-Tanzânia, ele disse: “Ela cumpre a obrigação de compartilhar conhecimento entre gerações, alinhada com a visão da Tanzânia de um desenvolvimento inclusivo e orientado pelo conhecimento”.
O impacto da biblioteca vai muito além da Tanzânia.
De acordo com Kelefa Mwantimwa, da direção dos serviços de biblioteca da universidade, estudantes da China, Malawi, Moçambique e República Democrática do Congo costumam usar a biblioteca, juntamente com acadêmicos visitantes dos Estados Unidos, da Alemanha e da Reino Unido.
“Anteriormente, nossa biblioteca estava superlotada e com tamanho limitado”, disse Mwantimwa. “Agora, temos orgulho de ter uma instalação muito maior e mais avançada que apoia o ensino, a aprendizagem, a pesquisa e a inovação”.
A tecnologia ajudou a ampliar o acesso ao conhecimento. Livros doados pela China Communications Construction Company agora podem ser lidos em vários idiomas usando aplicativos e softwares de tradução, enquanto o laboratório de informática da biblioteca garante acesso equitativo para estudantes que não têm dispositivos pessoais.
Além do ambiente acadêmico, a instalação se tornou um local preferencial para conferências, seminários e workshops internacionais. Organizações como as Nações Unidas e suas agências realizam eventos regularmente no local, enquanto ministérios e instituições regionais da Tanzânia usam o espaço para treinamento e diálogo.
Para estudantes como Kulanga, a biblioteca é símbolo de oportunidade e dos laços crescentes entre a Tanzânia e a China.
A biblioteca reflete uma parceria cada vez mais aprofundada, e um número crescente de tanzanianos está buscando educação superior na China com bolsas de estudo do governo, disse Mwantimwa.
