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Estreia americana do filme “Dead to Rights” sobre o Massacre de Nanquim tem forte repercussão no público

(250808) -- SYDNEY, Aug. 8, 2025 (Xinhua) -- A woman looks at a board of "Dead to Rights" at a cinema in Sydney, Australia, Aug. 8, 2025. "Dead To Rights," a film on the Nanjing Massacre during World War II, was released in Australia on Thursday. (Xinhua/Ma Ping)

Por Xiong Maoling e Hu Yousong

Washington – A estreia americana de “Dead To Rights”, um filme histórico chinês sobre o Massacre de Nanquim de 1937, foi realizada na noite de quarta-feira em um cinema perto de Washington, D.C., repercutindo fortemente entre o público.

Com base em evidências fotográficas verificadas das atrocidades japonesas cometidas no Massacre de Nanquim, “Dead To Rights” conta a história de um grupo de civis chineses que buscam refúgio em um estúdio fotográfico durante a ocupação brutal da cidade chinesa de Nanquim por agressores japoneses.

Quando o filme terminou, o cinema ficou em completo silêncio, o ar carregado de solenidade.

“Japão, peça desculpas!”, gritou repentinamente alguém da plateia, quebrando o silêncio. Muitas pessoas, com os rostos marejados de lágrimas, estavam emocionadas e ficaram sentadas por muito tempo após o filme terminar.

O Sr. Ma, natural da província de Anhui, perto de Nanquim, e atualmente trabalhando no Banco Mundial, disse à Xinhua, após assistir ao filme, que sentiu um peso no coração.

Embora muitos anos tenham se passado desde a guerra, o Japão continua suas tentativas de apagar a história e negar as atrocidades cometidas nesse período, disse Ma.

Ma espera que mais pessoas assistam ao filme para que o mundo se lembre da trágica história do massacre.

Concordando com isso, David Huang, jornalista veterano e fundador da World Today Television, um canal de TV em língua chinesa com sede nos Estados Unidos, observou que, até hoje, os livros didáticos, as obras literárias e a mídia jornalística japonesa continuam negando a história e minimizando a agressão japonesa à China durante a guerra.

Huang disse que o filme deveria ter vários idiomas para atingir um público mais amplo e mostrar a verdade.

O massacre durou mais de 40 dias após a captura de Nanquim, a então capital chinesa, pelas tropas japonesas em 13 de dezembro de 1937, deixando mais de 300.000 civis e soldados desarmados chineses mortos e 20.000 mulheres estupradas.

Zhao Jie, que mora nos Estados Unidos há mais de 20 anos, disse à Xinhua que “nossa geração jamais esquecerá isso”.

“Descendentes de chineses nos Estados Unidos não podem esquecer suas raízes”, disse Zhao.

O embaixador chinês nos Estados Unidos, Xie Feng, compareceu à estreia, assistindo ao filme com chineses no exterior e outros, para comemorar conjuntamente o 80º aniversário da Vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Mundial Antifascista.

Em seu discurso, Xie afirmou que o filme transcende o tempo e o espaço, mostrando os cantos mais sombrios da história, enquanto destaca o melhor da consciência humana e nos lembra da crueldade da guerra e da preciosidade da paz.

Xie enfatizou que quem esquece a história está condenado a repeti-la. “O povo chinês se uniu como um só em todo o país, lutou heroicamente e venceu a Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa com enormes sacrifícios, contribuindo de forma permanente para a vitória da Guerra Mundial Antifascista”, disse Xie.

“Os 1,4 bilhão de chineses jamais tolerarão qualquer tentativa de manipulação da história da Segunda Guerra Mundial, e quem for a favor da paz no mundo jamais aceitará qualquer movimento para reverter o ocorrido”, disse ele.

O embaixador chinês também enfatizou que relembrar a história é abrir caminho para um futuro mais brilhante. “Durante a guerra, os povos chinês e americano lutaram juntos para defender a paz e a justiça. Nesta era de paz, a China e os Estados Unidos têm apenas a responsabilidade compartilhada de proteger a paz, e não há motivos para conflito e confronto”, disse Xie.

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