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China e América Latina juntas pela cooperação do Sul Global sobre direitos humanos

A cooperação entre China, América Latina e Caribe no campo dos direitos humanos foi tema de um fórum em São Paulo, que abordou as oportunidades para expandir o desenvolvimento sustentável para o Sul Global.

   Durante a Segunda Mesa Redonda China-América Latina e Caribe sobre Direitos Humanos, especialistas discutiram as contribuições da experiência chinesa para os desafios estruturais enfrentados pela região.

   A representante da Assembleia Nacional da Nicarágua, Shaira Downs Morgan, criticou as sanções impostas aos países latino-americanos e destacou o papel chinês na construção de uma nova ordem global.”A China é um parceiro que atua sem impor condições, em defesa de um mundo multipolar e soberano”, disse ela.

   O encontro teve como objetivo aprofundar o diálogo institucional sobre direitos humanos sob uma ótica diversa, voltada para a cooperação internacional com foco na soberania dos povos e no desenvolvimento compartilhado.

   Victoria Donda, presidenta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL, denunciou o uso do discurso dos direitos humanos como fachada para a imposição de bloqueios econômicos, intervenções militares e golpes de Estado.

   Com forte presença de jovens e representantes de minorias étnicas, o encontro também se propôs a ser um espaço de escuta e construção coletiva.

   Mo Jihong, diretor do Instituto de Direito da Academia Chinesa de Ciências Sociais, frisou que “os direitos humanos não podem ser determinados por quem tem a voz mais alta ou o punho mais forte”.

   Os participantes criticaram as medidas unilaterais impostas por grandes potências, especialmente entre países que enfrentam embargos econômicos.

   Arley Gill, do Comitê Nacional de Reparações de Granada, denunciou as consequências do genocídio indígena, da escravidão e da exploração colonial na América Latina.

   Os debates da mesa redonda focaram na união do desenvolvimento, diversidade cultural e direitos fundamentais, em consonância com a visão de que os direitos humanos devem ser abordados em conjunto com políticas públicas socioeconômicas e culturais.

   O evento apresentou uma programação que incluiu painéis temáticos, sessões paralelas e debates com a participação de figuras influentes na área de direitos humanos.

   O encontro buscou dar voz a diferentes perspectivas de países da América Latina, Caribe e China, reiterando a urgência de fortalecer uma cooperação Sul-Sul alinhada à autodeterminação dos povos.

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