Cairo – Há 16 anos, o que hoje é a Zona de Cooperação Econômica e Comercial China-Egito TEDA Suez não passava de uma extensão de areia desolada. Agora, se destaca como prova da transformação e da parceria global, um polo movimentado que abriga 185 empresas, quase 10.000 trabalhadores egípcios e 3 bilhões de dólares americanos em investimentos estrangeiros.
Ahmed Radwan, presidente-executivo da Egypt TEDA Investment Company, se lembrou de ter entrado no projeto em 2008, quando a visão de transformar o deserto em um polo industrial parecia um sonho impossível.
“Quando vi o plano para a TEDA, como melhorar, construir e desenvolver esta área, mesmo em um curto espaço de tempo, senti que era um sonho inatingível”, disse ele à Xinhua.
Hoje, o que antes parecia um “sonho inatingível” está se realizando. Ao longo dos anos, a zona econômica gerou vendas superiores a 5,3 bilhões de dólares, contribuiu com quase 300 milhões de dólares em impostos e taxas e gerou diretamente oportunidades de emprego para cerca de 10.000 pessoas.
Radwan, que iniciou sua carreira como gerente financeiro, disse que a zona TEDA emergiu como vínculo essencial na cooperação econômica e comercial entre China e Egito, impulsionando a industrialização do Egito ao atrair investimentos, expandir o comércio exterior e aprimorar a capacidade de produção.

Para muitos egípcios, a TEDA tem sido mais do que uma fonte de emprego, é uma porta de entrada para mudanças transformadoras.
É o caso de Dina Mahmoud Hassan, que entrou na Jushi Egypt Fiberglass Co., Ltd. em 2013 como planejadora de produção. Ao longo de mais de uma década, ela foi promovida até virar gerente-adjunta da divisão de planejamento e logística.
“Tive muitas dificuldades após ter meu bebê e voltei a trabalhar em 2022. Não foi fácil”, disse ela à Xinhua.
“Mas recebi todo o apoio de que precisava dos meus líderes de equipe. Honestamente, acho que não estaria onde estou hoje sem eles”, acrescentou ela.
O trabalho árduo de Dina rendeu promoções, aumentos salariais e vários prêmios a ela. “O salário generoso e os benefícios melhoraram significativamente a situação e a qualidade de vida da minha família”, disse ela.
Fundada em 2012, a Jushi Egypt construiu a indústria de fibra de vidro do Egito do zero. O que começou com uma única linha de produção há 13 anos cresceu para quatro linhas, com uma capacidade total projetada de 360.000 toneladas por ano. Isso a torna a maior unidade de fabricação de fibra de vidro da África, posicionando o Egito como o quarto maior produtor mundial de fibra de vidro.

A XD-EGEMAC High Voltage Electric Equipment Co., Ltd., uma joint venture entre o China XD Group e a egípcia EGEMAC, é mais uma história de sucesso na zona TEDA. A empresa é especializada no fornecimento de equipamentos de transmissão e transformação de energia, além de serviços de engenharia, para os mercados do Oriente Médio e da África a partir de sua base egípcia.
Atualmente, emprega 260 pessoas, sendo mais de 97% egípcias.
Mossad Ibrahim, vice-gerente-geral da empresa, mostrou no celular com orgulho uma foto de 2010 de um canteiro de obras no deserto.
“Hoje, esse mesmo local virou esta avançada base de fabricação de transformadores de alta tensão e aparelhagens de manobra metálicas isoladas a gás, fornecendo equipamentos essenciais para a construção e modernização da rede elétrica nacional do Egito”, disse ele.
Ingressando na empresa em 2009 como tradutor, Ibrahim gradualmente assumiu funções em licitações, vendas e execução de projetos.
“Meus colegas chineses me deram orientações essenciais, me incentivando a passar de tradutor para generalista”, disse Ibrahim à Xinhua.
Atualmente à frente da divisão de vendas e desenvolvimento de mercado, Ibrahim está otimista quanto ao futuro da empresa, com o objetivo de expandir sua participação de mercado no Golfo, na África e na Europa.
De histórias de crescimento pessoal à facilitação da transformação econômica nacional, a área TEDA personifica a magia da parceria genuína, transformando poeira em desenvolvimento e sonhos em realidade.
