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Quênia realiza fórum para promover cooperação agrícola e industrial sino-africana

Nairóbi – O 1º Fórum África-China sobre Cooperação Agrotecnológica e Industrial ocorreu na terça-feira em Nairóbi, capital do Quênia.

A conferência, com duração de um dia, foi organizada pela Aliança para uma Revolução Verde na África (AGRA), sediada em Nairóbi, pelo Centro de Inovação em Ciência e Tecnologia Agrícola Jingwa de Pequim, pelo Instituto Internacional de Pesquisa Pecuária e pelo Centro Financeiro para Cooperação Sul-Sul.

Ibrahim Mayaki, enviado especial da União Africana para sistemas alimentares, afirmou que o continente tem a ganhar ao imitar o modelo chinês de transformação agrícola, impulsionado por políticas, tecnologia e inovações voltadas para o futuro.

“Podemos alavancar os sucessos da China na modernização agrícola, transformação rural e redução da pobreza como pontos de referência para o renascimento agrícola da África, ao mesmo tempo em que reconhecemos a especificidade dos ecossistemas e culturas africanos”, disse Mayaki.

Mayaki enfatizou que a pesquisa conjunta entre a China e a África em práticas agrícolas climaticamente inteligentes, desenvolvimento de culturas de alto rendimento, tecnologias modernas de irrigação e serviços de extensão digital podem oferecer uma solução duradoura para a fome, a pobreza rural e a desnutrição que afetam o segundo maior continente do mundo.

Hamadi Boga, vice-presidente da AGRA, observou que a China ditou o ritmo da modernização agrícola impulsionada pela tecnologia e inovação, inspirando as nações africanas a seguirem o exemplo, alimentarem sua crescente população e darem um salto rumo à era industrial.

A cooperação agrícola sino-africana, segundo Boga, evoluiu rapidamente, como evidenciado pela transferência de tecnologia, estabelecimento de zonas de demonstração, visitas de intercâmbio e colaboração institucional, impulsionando a produtividade agrícola, o agroprocessamento e as exportações.

Boga também apelou às instituições de pesquisa africanas para que estabeleçam parcerias de longo prazo com suas contrapartes chinesas para acelerar uma transformação inclusiva dos sistemas alimentares, baseada na melhoria da saúde do solo, resiliência climática, acesso a financiamento, tecnologias e mercados.

A embaixadora chinesa no Quênia, Guo Haiyan, afirmou que a China está interessada em compartilhar com os parceiros bilaterais da África suas tecnologias, inovações, experiências e melhores práticas nacionais, que podem acelerar a modernização agrícola do continente para alcançar a segurança alimentar e impulsionar a competitividade das exportações.

Guo observou que a cooperação agrícola China-África priorizou a transferência de tecnologia, facilitando o comércio de commodities agrícolas e aprimorando as cadeias de valor dos produtos agrícolas.

Além disso, a China firmou parcerias com países africanos para aprimorar o combate a pragas e doenças agrícolas, capacitar extensionistas e agricultores, implementar tecnologias para ampliar o processamento agrícola e agregar valor, acrescentou Guo.

Marcelo Oliveira de A. Maranhao

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