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Entrevista: China desempenha papel fundamental na derrota do fascismo e do militarismo japonês, diz especialista russo

(241213) -- NANJING, Dec. 13, 2024 (Xinhua) -- The 11th national memorial ceremony for the Nanjing Massacre victims is held at the Memorial Hall of the Victims in Nanjing Massacre by Japanese Invaders in Nanjing, capital of east China's Jiangsu Province, Dec. 13, 2024. (Xinhua/Li Xiang)

Moscou — Como principal teatro de operações no Leste da Guerra Mundial Antifascista, a China desempenhou um papel fundamental na derrota do militarismo japonês e na vitória mais ampla sobre o fascismo, um resultado possível graças aos muitos sacrifícios do povo chinês, disse um especialista em museu russo.

Boris Cheltsov, secretário científico do Museu da Vitória em Moscou, destacou o papel essencial da China no resultado da guerra, observando que sua resistência prolongada na frente oriental impediu o Japão de realocar grandes forças militares em outros lugares, o que enfraqueceu significativamente sua posição estratégica.

“O povo chinês demonstrou extraordinária resiliência e coragem em condições extremamente difíceis”, disse ele.

O presidente chinês, Xi Jinping, participa das comemorações do 80º aniversário da vitória da União Soviética na Grande Guerra Patriótica em Moscou, Rússia, no dia 9 de maio de 2025. Líderes de mais de 20 países e organizações internacionais foram convidados para os eventos. (Xinhua/Xie Huanchi)

A Rússia e a China compartilham o compromisso de preservar a memória histórica e seus esforços conjuntos para honrar o legado da Segunda Guerra Mundial, combater o revisionismo histórico e promover o diálogo multilateral desempenham um papel essencial na proteção da verdade sobre o passado, afirmou ele.

“Ambos os países se opõem a qualquer tentativa de revisar os resultados da guerra, uma postura especialmente importante em meio às ações em andamento de alguns países para distorcer eventos históricos e remodelar o cenário político global”, disse ele.

Cheltsov também destacou que a Rússia e a China apoiam o sistema internacional centrado na ONU e defendem uma ordem internacional sustentada pelo direito internacional.

Sua coordenação e cooperação por meio de estruturas como as Nações Unidas, a Organização de Cooperação de Shanghai e o BRICS reforçam os princípios de soberania, não interferência e cooperação igualitária entre os Estados, afirmou ele.

A história é um lembrete dos perigos da agressão e do militarismo, observou Cheltsov, ao mesmo tempo em que destacou a importância da cooperação.

“A decisão de organizar eventos conjuntos (de comemoração) reflete as relações fortes e baseadas na confiança entre a Rússia e a China, assim como a responsabilidade compartilhada que ambos os países têm com as próximas gerações”, disse Cheltsov.

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