Guangzhou – A Câmara Americana de Comércio no Sul da China (AmCham South China) divulgou na quarta-feira seu Relatório Especial 2025 sobre a Situação dos Negócios no Sul da China, que destaca que a segunda maior economia do mundo continua a ser um destino atraente para investimentos.
O relatório deste ano, o 21º da série, fornece uma análise abrangente e quantitativa da comunidade empresarial, oferecendo informações valiosas sobre as tendências de desenvolvimento no sul da China. Um total de 316 empresas participaram da última pesquisa em 2024.
O relatório destaca a posição de liderança da China nas prioridades de investimentos globais, com 58% das empresas estrangeiras pesquisadas classificando-a entre suas três principais prioridades de investimento. Olhando para 2025, 76% das empresas pretendem reinvestir na China, com notáveis 74% das empresas americanas planejando reinvestimentos, um aumento de 11 pontos percentuais ano a ano.
As empresas pesquisadas são principalmente dos EUA, China e União Europeia. Mais da metade delas são totalmente de propriedade estrangeira e mais de 30% investidas por entes dos Estados Unidos. A proporção das empresas que geraram mais de 60% de sua receita global na China aumentou 5 pontos percentuais, atingindo um total de 31%, segundo o relatório.
O potencial de crescimento do mercado chinês continua a ser o principal impulsionador do aumento dos investimentos na China ou da transferência de investimentos de outros mercados para a China, seguido pelo efeito de cluster industrial e políticas preferenciais, de acordo com Harley Seyedin, presidente da AmCham South China.
Em 2024, o PIB da China atingiu um recorde de 134,91 trilhões de yuans (US$ 18,81 trilhões), marcando um aumento anual de 5%. Esse desempenho econômico robusto continua a atrair investidores globais. Além disso, os incentivos políticos contínuos da China também aumentaram a confiança das empresas estrangeiras.
Por exemplo, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e o Ministério do Comércio da China emitiram em conjunto em 8 de setembro de 2024 a versão 2024 da lista negativa para acesso pelos investimentos estrangeiros, anunciando a remoção de todas as restrições ao investimento estrangeiro no setor manufatureiro.
Esse movimento é visto favoravelmente por uma proporção substancial das empresas pesquisadas, com algumas otimistas de que a política criará maiores oportunidades de investimento e maior acesso ao mercado, facilitando assim a expansão e o crescimento.
Estima-se que as empresas membros da AmCham South China tenham reservado um total de US$ 14,59 bilhões de seus lucros na China para reinvestimento nos próximos três a cinco anos. Isso será usado para expandir as operações existentes e capturar participação de mercado adicional, representando um aumento de 33,18% em comparação com o valor de reinvestimento anterior.
“As empresas estão aumentando seus compromissos na China para garantir uma posição mais forte neste mercado crítico. O aumento do reinvestimento sinaliza a confiança no futuro da China e sua esperança de maior cooperação EUA-China”, disse Seyedin.