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Brasil adota medidas para garantir acolhimento humano a cidadãos deportados pelos EUA

Rio de Janeiro – O governo brasileiro informou nesta quinta-feira que adotou uma série de medidas para garantir a recepção humana dos brasileiros repatriados dos Estados Unidos. Um voo com cidadãos deportados pelo governo Donald Trump deve chegar ao Brasil na tarde desta sexta-feira, em Fortaleza, no estado do Ceará (nordeste).

Em nota, o governo disse que oferecerá “apoio imediato aos cidadãos que retornam ao país em condições de vulnerabilidade, garantindo dignidade e assistência integral”.

As reuniões do grupo de trabalho sobre o retorno de brasileiros dos Estados Unidos começaram esta semana com representantes dos dois governos.

Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os brasileiros que embarcarão em Alexandria, Louisiana, na madrugada de sexta-feira serão acompanhados por um diplomata do Consulado-Geral em Houston.

Após uma breve escala técnica em Porto Rico, o avião voará diretamente para Fortaleza, onde chegará na tarde de sexta-feira. Excepcionalmente, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizará aeronaves para levar repatriados para Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais (sudeste).

Em Belo Horizonte, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania criou um Centro de Acolhimento para os retornados, para garantir que eles tenham acesso gratuito à internet, carregador de celular e canais para contatar parentes e obter orientação sobre serviços públicos de saúde, assistência social e trabalho.

O voo, que será monitorado em tempo real pelo grupo de trabalho, será avaliado com vistas à organização de voos subsequentes.

O governo brasileiro reafirmou seu compromisso em promover e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros e está trabalhando para garantir um retorno seguro e digno.

“A dignidade da pessoa humana é princípio básico da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, sendo um valor inegociável”, diz o comunicado.

No voo de 88 brasileiros deportados, que chegou ao Brasil em 24 de janeiro, os nacionais chegaram com braços e pernas algemados, o que foi descrito como “inaceitável” pelo governo brasileiro.

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