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Estação Espacial da China avança nos testes de fotossíntese artificial extraterrestre

(241116) -- BEIJING, Nov. 16, 2024 (Xinhua) -- This simulated image captured at the Beijing Aerospace Control Center on Nov. 16, 2024 shows China's cargo spacecraft Tianzhou-8 docking with the orbiting Tiangong space station. The cargo craft Tianzhou-8 has successfully docked with the orbiting Tiangong space station on Saturday, the China Manned Space Agency announced. At 2:32 a.m. (Beijing Time), Tianzhou-8 docked at the rear docking port of Tianhe, the core module of Tiangong space station, after completing its status setting, according to the agency. The Shenzhou-19 taikonauts onboard the space station will enter the cargo craft and transfer the payloads as per schedule. (Photo by Han Qiyang/Xinhua)

Beijing – Um dos grandes desafios para sustentar a vida no longo prazo fora da Terra é alcançar a autossuficiência e reduzir a dependência de recursos terrestres.

   A utilização de recursos in loco – como o regolito lunar ou o dióxido de carbono da atmosfera marciana – para produzir petróleo e combustível é uma estratégia essencial para viabilizar o uso de recursos extraterrestres e minimizar a dependência de suprimentos vindos da Terra.

   A estação espacial da China realizou recentemente experimentos com tecnologia de fotossíntese artificial extraterrestre, completando a verificação em órbita dos processos de conversão eficiente de dióxido de carbono e regeneração de oxigênio.

   De acordo com a Agência Espacial Tripulada da China (CMSA, em inglês), este progresso pode representar uma técnica base para futuras missões de exploração tripulada do espaço profundo.

   A extraterrestre fotossíntese artificial é um processo que utiliza energia solar para converter dióxido de carbono e água em oxigênio e compostos que contêm carbono, por meio de métodos físico-químicos em ambientes extraterrestres. Baseada na utilização de recursos locais, essa técnica inovadora permite uma conversão eficiente de dióxido de carbono e regeneração de oxigênio.

   Diferentemente dos métodos convencionais de redução de dióxido de carbono, que desativam altas temperaturas e pressão, este processo ocorre em condições de temperatura e pressão ambiente.

   O método também suporta múltiplos caminhos de conversão de energia, como solar-química, solar-elétrica-química e solar-térmico-química, melhorando significativamente a eficiência do uso de energia.

   Além disso, com a modificação dos esforços para a ocorrência, é possível produzir seletivamente diversos produtos da redução de dióxido de carbono por meio da fotossíntese artificial extraterrestre.

   Esses produtos podem incluir metano ou etileno, que podem ser usados ​​como propelentes, além de ácido fórmico, uma matéria-prima chave para a síntese de açúcar. Segundo a CMSA, essa capacidade é de grande importância para a sobrevivência extraterrestre de longo prazo e para a futura utilização de recursos não locais.

   O equipamento experimental a bordo da estação espacial chinesa já realizou 12 experimentos em órbita, produzindo com sucesso oxigênio e etileno.

   Esses experimentos validaram diversos processos tecnológicos essenciais, incluindo a conversão de dióxido de carbono em temperatura ambiente, o movimento e a separação de gases em reações sólido-líquido-gás sob microgravidade e o controle preciso das taxas de fluxo de gás e líquido no espaço.

   A CMSA também destacou que obteve uma grande quantidade de dados experimentais sobre processos de ocorrência físico-química multifásica em condições de microgravidade. Esses dados fornecem informações valiosas para o desenvolvimento de novas técnicas para a utilização in loco de recursos extraterrestres.

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