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Brasil lança programa de incentivo para professores irem dar aulas nas regiões mais remotas do país

Rio de Janeiro – O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira a criação de um programa para incentivar professores do ensino fundamental a viajarem para as regiões mais remotas do país onde há escassez de pessoal, inspirado no programa “Mais Médicos” que na última década atenderam às necessidades de saúde das regiões mais remotas do país.

Batizado de “Mais Professores”, o programa oferece aos professores uma bolsa-auxílio de 2.100 reais (US$ 350), além do salário pago pela rede de ensino correspondente.

“Quem dá aula nas periferias das grandes cidades sabe que ser professor é um risco”, disse o presidente Lula durante a apresentação. “Esperar um ônibus tarde da noite, viajar em ônibus lotados de manhã, chegar a uma escola onde muitas crianças estão preocupadas ou nem tomar café da manhã. Algumas cheias de violência ou frustração, descontam sua raiva nos professores”, afirmou.

“Devemos criar a profissão docente a ser promissória e dar segurança aos professores, o Estado deve garantir que eles sejam protegidos de maus-tratos ou agressões”, acrescentou o presidente.

No mesmo evento, o governo anunciou que criará uma bolsa “Pé de Meia Licenciatura”, destinada a estudantes de graduação que ingressarem em cursos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e que receberão 1.050 reais (US$ 175).

“Este programa importante tem como objetivo estimular, estimular e incentivar as pessoas a se matricularem e continuarem cursando bacharelado”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, durante a cerimônia de anúncio.

Os estudantes elegíveis devem ter resultados, no mínimo, 650 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e estar matriculados em um curso de licenciatura reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Serão oferecidas 12 mil vagas nesta primeira etapa, e a primeira parcela será paga a partir de abril.

“No último Enem, 19 mil estudantes com mais de 650 pontos escolheram o bacharelado. Apenas 5 mil se inscreveram. Esses, os dados mostram que metade desiste com o tempo. Por isso, queremos quase triplicar o número atual dos que ingressam no bacharelado com notas acima de 650 pontos”, explicou o ministro aos jornalistas após o evento. 

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