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Desmatamento na Amazônia caiu 30,6% no último ano, a maior redução em 15 anos

Rio de Janeiro – A taxa de desmatamento na Amazônia brasileira caiu 30,63% entre agosto de 2023 e julho de 2024 em comparação com o período anterior (agosto de 2022 a julho de 2023), com um total de 6.288 milhas quadradas, o que representa a maior diminuição em 15 anos, informou o Governo nesta quarta-feira.

Segundo informação divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, com base em dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento também foi limitado no Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, onde foram desmatados no período, 8.174 km², um táxon mais baixo desde 2019 e 25,7% menor que no período anterior.

Os dados foram divulgados em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, na qual foi assinado um pacto de prevenção e controle do desmatamento e das queimadas no Cerrado com os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba). A meta do governo federal é chegar ao desmatamento zero em todos os biomas do país até 2030.

O sistema Prodes utiliza imagens de satélite mais precisas (10 a 30 metros) do que as utilizadas em outro sistema do INPE, o Deter, que emite alertas diários para apoiar as inspeções de campo realizadas pelo IBAMA e ICMBio.

Como resultado, houve uma redução nas emissões de gases de efeito estufa de 400,8 milhões de toneladas de CO2 devido ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado em comparação ao ciclo 2021/22.

Na Amazônia, o desmatamento caiu 45,7% nos últimos dois anos, depois de ter sido reduzido para 9.064 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, período que incluiu cinco meses do governo anterior e sete da administração atual. É a primeira vez desde os biênios 2004/2005 e 2005/2006 que se registram quedas consecutivas superiores a 25%.

De agosto de 2023 a julho de 2024, 78% dos 70 municípios priorizados pelo Governo registraram uma acréscimo no desmatamento. Por estado, as maiores quedas foram registradas em Rondônia (62,5%), Mato Grosso (45,1%), Amazonas (29%) e Pará (28,4%). Apenas Roraima registrou aumento (53,5%).

No Cerrado, houve uma redução de 76,4% no desmatamento nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Uma região, conhecida como Matopiba, concentra o desmatamento no bioma.

Os quatro estados registraram queda na área desmatada entre agosto de 2023 e julho de 2024, em comparação ao período imediatamente anterior. Na Bahia, a redução foi de 63,3%, seguida de 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.

Também nesta quarta-feira, foi assinado acordo entre o governo federal e os governadores do Matopiba para reforçar ações conjuntas de prevenção e combate ao desmatamento e às queimadas na região.

Entre outros objetivos, a associação pretende aumentar a ação coletiva para identificar e aplicar avaliações ao desmatamento ilegal em propriedades rurais da região, bem como melhorar padrões e processos para garantir a transparência, o compartilhamento de informações e a formulação de estratégias para a conservação da água e do patrimônio florestal de vegetação nativa nos diferentes ecossistemas do Cerrado no Matopiba.

Agência Xinhua

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