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Empresas chinesas investem no exterior, abrindo novas oportunidades para comércio de serviços China-Portugal

Beijing – No estande de Macau da Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS) 2024, a filial de Macau da Shanghai Ai Yisheng Industrial Development Co., Ltd., trouxe mais de 30 tipos de produtos de medicina tradicional chinesa para cuidados com a saúde, atraindo muitos consumidores que pararam para selecioná-los.

   “Os negócios da nossa empresa incluem pesquisa e desenvolvimento, produção, marketing e serviços de medicina tradicional chinesa para cuidados com a saúde,” disse o director da empresa, Su Haoning, acrescentando que “graças ao papel único de Macau na cooperação econômica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, já levamos nossos produtos e serviços aos mercados dos países de língua portuguesa, incluindo o mercado de Portugal.”

   O desenvolvimento dos serviços de medicina chineses para o mercado português com a ajuda de Macau é um microcosmo dos investimentos das empresas chinesas em Portugal e das explorações das novas oportunidades da cooperação em comércio de serviços entre a China e Portugal.

   A CIFTIS 2024 conta com 85 países e organizações internacionais para montar exposições, sendo que Portugal realiza pela primeira vez exposições independentes presencialmente. Nuno Lima Leite, Director Coordenador da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal na China (AICEP CHINA) e conselheiro econômico e comercial da Embaixada de Portugal na China, disse que as empresas chinesas têm uma ampla perspectiva de investir e construir fábricas em Portugal. “Os investimentos da China em Portugal tem um impacto de longo alcance, que pode se irradiar para os mercados europeus e até mesmo para os mercados de língua portuguesa, assim, esperamos ver mais possibilidades por meio dessa plataforma”, afirmou.

   Portugal tem recursos renováveis abundantes, como energia fotovoltaica e eólica, além de vantagens geográficas naturais e políticas preferenciais favoráveis ao exterior. Mais acrescentou o Director Coordenador da AICEP CHINA que o governo português introduziu medidas para incentivar o investimento estrangeiro, como cortes de impostos e apoio fiscal, além de oferecer incentivos como concessões fiscais e subsídios de capital para atrair investidores, incluindo a China.

   No estande de exposição de Portugal, Luo Yonghuan, presidente da Associação Regional de Energia da Província de Shandong, teve uma negociação amigável com um funcionário da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. Luo demonstrou grande interesse no setor de energia fotovoltaica de Portugal. “A vantagem do setor de energia fotovoltaica de Portugal está em sua experiência de gerenciamento, enquanto a energia fotovoltaica na nossa província tem uma vantagem de custo. Esperamos aprender com a experiência de gerenciamento deles por meio da plataforma da CIFTIS e buscar mais espaço para cooperação a fim de obter vantagens complementares.” disse ele.

   Nuno Lima Leite aprecia muito os investimentos feitos por empresas chinesas no setor de serviços em Portugal e fala sobre as empresas chinesas neste mercado. “Atualmente, as empresas chinesas dos setores de finanças, saúde, seguros, energia renovável, hotelaria e muitas outras áreas já investem em Portugal”. Ele citou casos de companhias como a COFCO, a CALB e a Fosun, todas exemplos de sucesso de empresas chinesas que investem e aprofundam suas operações em Portugal.

   A Fosun é a maior empresa privada chinesa a investir em Portugal. Além do seu investimento empresarial local em seguros, bancos e saúde, a Fosun também promove a disseminação e a cooperação internacional de conhecimento, tecnologia, saúde e cultura por meio da capacitação do empreendedorismo jovem, projetos de responsabilidade social e atividades de intercâmbio cultural, demonstrando a força e a influência abrangentes das empresas chinesas no comércio global de serviços.

   “Este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, um ano muito importante para Portugal e a China”, segundo Nuno Lima Leite, completando que “a nossa participação na CIFTIS 2024 é como uma ponte entre a China e Portugal, aproveitando essa plataforma para que mais empresas chinesas nos conheçam e se sintam atraídas a investirem em Portugal.”

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