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Partes interessadas africanas e chinesas se reúnem no Quênia em meio a apelo para transformação dos sistemas alimentares

Nairóbi – Formuladores de políticas, cientistas e líderes da indústria da China, África e do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT) se reuniram em Nairóbi, Quênia, na terça-feira para lançar um fórum com o objetivo de promover a transformação agrícola, alcançar a segurança alimentar e abordar a pobreza rural no continente.

O Fórum Científico África-China-CIMMYT, organizado pela Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (CAAS, na sigla em inglês) e pelo CIMMYT, acontece de 13 a 16 de agosto. O evento, que atraiu mais de 100 participantes, tem como foco “Transformar Sistemas Agroalimentares na África por meio de Inovações e Parcerias Científicas”.

Bram Govaerts, diretor-geral do CIMMYT, destacou a importância do fórum, observando que ele fornece uma plataforma essencial para cientistas africanos e chineses buscarem novas estratégias para transformar sistemas alimentares em meio a desafios como mudanças climáticas, pragas e doenças nas plantações.

Govaerts destacou que intercâmbios regulares entre cientistas chineses e africanos, com base na cooperação Sul-Sul, são essenciais para transferir tecnologias, inovações e melhores práticas essenciais para revolucionar a agricultura de pequenos agricultores na África. Ele também pediu pesquisa colaborativa para desenvolver e implantar culturas de sequeiro, como leguminosas e cereais, que são essenciais para lidar com a crise de fome do continente.

Ye Yujiang, vice-presidente da CAAS, observou que parcerias mútuas entre cientistas chineses e africanos podem impulsionar a modernização agrícola, aumentar a segurança alimentar e nutricional, além de melhorar a renda rural. Ele destacou o comprometimento das instituições de pesquisa chinesas em promover a cooperação com suas contrapartes africanas por meio de treinamento, transferência de tecnologia e inovações voltadas para o aumento da produtividade agrícola para pequenos agricultores.

Ye também destacou os resultados bem-sucedidos da colaboração agrícola China-África, como o desenvolvimento de arroz híbrido e programas de treinamento para jovens cientistas africanos, que reforçaram a segurança alimentar e o desenvolvimento rural.

Prasanna Boddupalli, diretor do Programa Global de Milho do CIMMYT, ressaltou a importância da cooperação mútua entre cientistas chineses e africanos para garantir que pequenos agricultores na África tenham acesso a variedades de culturas de alto rendimento, resistentes a doenças, pragas e tolerantes à seca.

Boddupalli sugeriu que os países africanos devem se beneficiar da experiência da China na transição para sistemas agrícolas modernos, climaticamente inteligentes e economicamente viáveis.

Felister Makini, vice-diretora-geral de Pesquisa e Parcerias da Organização de Pesquisa Agrícola e Pecuária do Quênia, destacou que a colaboração com a China ajudará os governos africanos a lidar com lacunas em pesquisa, capacidade, política e financiamento que têm dificultado a transformação agrícola do continente.

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