Semarang, Indonésia – O presidente da Indonésia, Joko Widodo, inaugurou nesta quarta-feira a primeira fábrica de ânodos de bateria de íon-lítio do país, a PT Indonesia BTR New Energy Material (PT BTR), com investimento do BTR New Material Group (BTR) da China.
A PT BTR, localizada no Parque Industrial de Kendal da Indonésia, na província de Java Central, tem atualmente uma capacidade de produção anual de 80.000 toneladas de material de ânodo, um dos materiais de bateria para veículos elétricos (EVs).
A inauguração da fábrica marcou a conclusão da primeira fase do projeto do BTR na Indonésia, com um investimento de 478 milhões de dólares americanos. A segunda fase, programada para começar no final de 2024, envolverá um investimento adicional de 299 milhões de dólares americanos, dobrando a capacidade de produção da fábrica para 160.000 toneladas.
“Estou muito feliz com o fato de a PT BTR poder produzir 80.000 toneladas de material de ânodo por ano. Se for fabricado em carros, isso permitirá a produção de 1,5 milhão de carros elétricos. Com as 80.000 toneladas adicionais da segunda fase, essa capacidade aumentará para 3 milhões de carros elétricos por ano”, disse Widodo na cerimônia de inauguração.
“Nosso grande plano para estabelecer um ecossistema de veículos elétricos integrado e forte está sendo realizado passo a passo”, observou ele.
Luhut Binsar Pandjaitan, ministro coordenador de Assuntos Marítimos e Investimentos da Indonésia, observou que, com uma capacidade anual de 160.000 toneladas em um futuro próximo, a Indonésia se tornará o segundo maior produtor de material de ânodo do mundo. O desenvolvimento contribuirá para a construção de um ecossistema completo de baterias de lítio na Indonésia.
De acordo com o presidente do BTR, He Xueqin, a fábrica preencheu uma lacuna no campo de ânodos de bateria de íon-lítio na Indonésia e em toda a região da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
O investimento combinado na primeira e na segunda fases do projeto ajudará a criar 7.800 empregos, sendo que mais de 94% dos cargos serão ocupados por moradores locais, acrescentou.