Bagdá – No verão escaldante, fileiras de imponentes tamareiras e vibrantes tamargueiras do deserto criam uma cena cheia de vida no campo petrolífero de Ahdab, na província iraquiana de Wasit, um forte contraste com o terreno baldio salino que já foi.
O campo petrolífero de Ahdab, o primeiro projeto de cooperação petrolífera internacional do Iraque no pós-guerra, foi inaugurado em 2009 e começou a produzir em 2011. Operado pela Al-Waha Petroleum Company da China desde seu início, o projeto reflete um compromisso tanto com a produção de energia quanto com a gestão ambiental.
“Nossa empresa não apenas se esforça para aumentar a produção de petróleo, mas também presta muita atenção à proteção do meio ambiente local”, disse Jiang Ming, diretor geral da Al-Waha Petroleum, enfatizando a crença de sua empresa de que a proteção do meio ambiente é tão importante quanto a produção de petróleo.
O Iraque é um país rico em petróleo e gás, mas há muito tempo luta contra as consequências ambientais de seu setor de energia. A prática da queima de gás associado -queimar o gás natural produzido junto com o petróleo – tem sido um problema específico. Mas em Ahdab, a história é diferente.
No final de 2011, a planta de processamento central do campo petrolífero de Ahdab foi concluída, tornando-se a primeira instalação do Iraque a abranger totalmente os processos de tratamento de petróleo, gás e água.
A planta converte esse valioso recurso em enxofre, gás seco e gás liquefeito de petróleo (GLP), reduzindo significativamente os resíduos e as emissões. O gás seco é usado para alimentar o campo petrolífero e também é exportado para a maior usina de energia térmica do Iraque, ajudando a atender à crescente demanda de energia do país.
Até o momento, o campo petrolífero de Ahdab produziu mais de 5 bilhões de metros cúbicos de gás seco, mais de 600.000 toneladas de GLP e cerca de 18.500 toneladas de enxofre, de acordo com Jiang.
Para minimizar ainda mais seu impacto ambiental, a Ahdab implementou um sistema abrangente de reciclagem de águas residuais. As águas produzidas, um subproduto da extração de petróleo, são tratadas e reinjetadas no reservatório de petróleo para manter a pressão. O esgoto doméstico do campo petrolífero também é tratado e reutilizado para irrigação.
Os esforços da Al-Waha Petroleum não passaram despercebidos.
A empresa recebeu vários prêmios por suas conquistas ambientais, incluindo o Prêmio Luban de Engenharia de Construção da China, o prêmio de maior prestígio da China para arquitetura e construção, pela construção da superfície do campo petrolífero. O Ministério do Petróleo do Iraque também elogiou muito a contribuição do campo petrolífero para o desenvolvimento verde do setor de energia do país.
“Nos últimos 15 anos, a empresa não apenas trouxe mais de US$ 20 bilhões em receita para o Iraque, mas também plantou mais de 10.000 árvores, realizando assim o desenvolvimento sinérgico de benefícios econômicos e ecológicos”, disse Jiang.
