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Produção econômica da China mantém expansão com PMIs estáveis

Beijing – A produção econômica da China continuou a crescer em julho, uma vez que as perspectivas de negócios permaneceram otimistas, mas fatores sazonais, incluindo ondas de calor e inundações, reduziram um pouco a expansão.

   De acordo com o índice de gerentes de compras (PMI) divulgado na quarta-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), o índice composto de produção do PMI ficou em 50,2 este mês, ligeiramente abaixo dos 50,5 em junho. O PMI manufatureiro caiu para 49,4, e o PMI para setores de serviços e construção combinados recuou para 50,2.

   Uma leitura do PMI acima de 50 indica expansão, enquanto uma leitura abaixo de 50 reflete contração.

   Comentando os dados, o estatístico sênior do DNE, Zhao Qinghe, disse que as atividades comerciais registraram uma desaceleração na expansão.

   O setor de manufatura registrou um clima de negócios um pouco pior devido a fatores desfavoráveis, incluindo a tradicional estação de inatividade, a demanda insuficiente do mercado e as condições climáticas extremas, disse ele, acrescentando que as altas temperaturas e as enchentes também prejudicaram o setor de construção.

   Apesar dos ventos contrários, a maioria das empresas ainda mantém uma perspectiva positiva sobre a tendência do mercado, mostraram os dados.

   O subíndice sobre expectativas de negócios ficou em 53,1, 56,6 e 52,9 para fabricantes, prestadores de serviços e empresas de construção, respectivamente. Em especial, os setores farmacêutico, de equipamentos ferroviários, navais e aeroespaciais e de maquinário elétrico tiveram seus índices de expectativa iguais ou superiores a 57, indicando um forte otimismo.

   A economia chinesa registrou uma expansão estável de 5% ano a ano no primeiro semestre de 2024, uma taxa de crescimento que deve assumir a liderança entre as principais economias globais.

   Uma série de medidas pró-crescimento foi introduzida para impulsionar o investimento e o consumo e estimular a vitalidade econômica este ano, que incluem uma nova rodada de atualizações de equipamentos e trocas de bens de consumo em larga escala e a emissão de títulos especiais do tesouro ultralongos.

   A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o principal órgão de planejamento econômico do país, anunciou na semana passada que cerca de 300 bilhões de yuans (US$ 42 bilhões) serão alocados para incentivar as empresas a substituirem máquinas antigas e indivíduos a comprarem carros, eletrodomésticos e telefones novos.

   Especificamente, os compradores de veículos de nova energia e movidos a combustível desfrutarão de subsídios de até 20 mil yuans e 15 mil yuans, respectivamente, quase o dobro dos níveis anteriores, de acordo com a CNDR.

   A China também cortou recentemente as taxas de empréstimo de referência para empréstimos de um ano e mais de cinco anos para 3,35% e 3,85%, respectivamente, para sustentar a economia. Analistas acreditam que a medida ajudará a reduzir os custos de financiamento das empresas e estimular a compra de habitações.

   Apesar da recuperação contínua, a economia chinesa ainda enfrenta desafios no país e no exterior.

   Em uma reunião importante na terça-feira, os formuladores de políticas observaram que o país enfrenta impactos adversos de mudanças no ambiente externo, e a demanda interna efetiva permanece insuficiente. Persistem vários riscos e perigos potenciais nos principais setores, juntamente com os desafios decorrentes da transição dos tradicionais motores de crescimento para os novos.

   Esforços serão feitos para promover novas forças produtivas de qualidade à luz das condições locais, fortalecer a macroregulação e explorar o potencial da demanda interna, entre outros esforços, de acordo com a reunião do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China.

   Uma macroregulação mais forte ajudará a estabilizar as expectativas do mercado, fortalecer a confiança das empresas e garantir que as metas de desenvolvimento econômico e social para o ano inteiro sejam alcançadas, disse Zeng Gang, vice-diretor da Instituição Nacional de Finanças e Desenvolvimento.

Agência Xinhua

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