Maputo – Mais de 100 empresários, em sua maioria de origem asiática, deixaram Moçambique devido ao aumento da insegurança causada por uma onda de sequestros no país nos últimos 12 anos, disse um relatório da agência estatal de notícias AIM na sexta-feira.
A saída desses empresários resultou em perdas financeiras no valor de bilhões de dólares, disse Pedro Baltazar, chefe do departamento de segurança da Confederação das Associações Empresariais de Moçambique (CTA), citado pelo relatório.
Baltazar disse aos repórteres em Maputo, capital de Moçambique, na quinta-feira, que o fenômeno dos sequestros está levando à criação de um multidão de desempregados.
“Com cada sequestro, cada vez que um empresário deixa Moçambique, os trabalhadores ficam desempregados. O mercado de trabalho está sendo severamente afetado”, disse ele, citado pela reportagem.
Baltazar disse que, nos últimos tempos, o setor empresarial tem se engajado na defesa da eliminação dos sequestros, por meio de um diálogo público-privado que envolve o governo em todos os níveis para lidar com o problema.
De acordo com Baltazar, as abordagens para erradicar os sequestros, incluindo um sistema de vigilância por câmeras nas principais cidades, como Maputo e Matola, foram recomendadas ao governo na consulta em andamento com os membros da CTA, a principal associação de empregadores do país.
O governo vem falando sobre a necessidade de aumentar o investimento nas forças de defesa e segurança moçambicanas, bem como sobre a criação de uma agência antissequestro especializada.