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FMI eleva previsão de crescimento econômico da China em 2024 para 5%

(230929) -- SHANGHAI, Sept. 29, 2023 (Xinhua) -- This panoramic aerial photo taken on Jan. 10, 2023 shows a view of Lujiazui area in the China (Shanghai) Pilot Free Trade Zone in east China's Shanghai. Friday marks the 10th anniversary of the establishment of China's first pilot free trade zone in Shanghai's Pudong New Area. Since its inauguration, the China (Shanghai) Pilot Free Trade Zone (hereafter shortened to Shanghai FTZ) has achieved innumerous firsts and opened a new chapter in China's reform and opening-up. Over the past decade, Shanghai FTZ has grown over threefold to 120.72 square km from its original 28.78-square-km plot, attracting 84,000 new enterprises by the end of 2022, 2.35 times the number of enterprises established in the 20 years before the zone's establishment, according to a white paper released last week. (Xinhua/Fang Zhe)

Washington – O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira o crescimento econômico da China em 2024 para 5%, em uma atualização da sua Perspectiva Econômica Global (WEO, em inglês), ante os 4,6% previstos em abril.

A revisão é atribuída principalmente a uma recuperação do consumo privado e fortes exportações no primeiro trimestre, de acordo com a atualização.

“Na China, o ressurgimento do consumo doméstico impulsionou a alta positiva no primeiro trimestre, auxiliado pelo que parecia ser um aumento temporário nas exportações, uma reconexão tardia com o aumento da demanda global do ano passado”, segundo o documento.

O FMI manteve sua previsão de crescimento global em 2024 em 3,2%, observando que as economias de mercado emergentes da Ásia continuam sendo o principal motor da economia global.

A atividade global e o comércio mundial se firmaram na virada do ano, com o comércio estimulado por fortes exportações da Ásia, particularmente no setor de tecnologia, observou a atualização da WEO.

O volume do comércio mundial deve crescer 3,1% em 2024 e 3,4% em 2025, cada um 0,1 ponto percentual acima da projeção de abril.

(Foto por Ting Shen/Xinhua)

“As economias de mercado emergentes da Ásia continuam sendo o principal motor da economia global. O crescimento na Índia e na China foi revisado para cima e responde por quase metade do crescimento global”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em um blog.

A revisão da previsão de crescimento da China foi anunciada no final de maio pela primeira vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, durante uma coletiva de imprensa em Beijing após a conclusão da Consulta do Artigo IV de 2024 da equipe do FMI para a China.

A atualização também observou que o ímpeto da desinflação global está diminuindo, sinalizando solavancos ao longo do caminho. “Os riscos de alta para a inflação aumentaram, estimulando a perspectiva de taxas de juros mais altas por ainda mais tempo, no contexto da escalada das tensões comerciais e do aumento da incerteza de políticas”, disse.

“Novos desafios de desinflação nas economias avançadas podem forçar os bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, a manterem os custos dos empréstimos mais altos por ainda mais tempo. Isso colocaria em risco o crescimento geral, com maior pressão de alta sobre o dólar e repercussões prejudiciais para as economias emergentes e em desenvolvimento”, disse Gourinchas.

O economista-chefe do FMI disse que é “preocupante” que um país como os Estados Unidos mantenha uma postura fiscal que eleve sua relação dívida/PIB de forma constante, com riscos crescentes para as economias doméstica e global. “A crescente dependência dos EUA de financiamento de curto prazo também é preocupante”, disse ele. 

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